Ex-presidentes da Caixa divulgam carta aberta em defesa do banco 100% público
27/08/2020 - Por Bancários CGR
Conteúdo do documento foi anunciado na live O X da Questão, que debateu o futuro da Caixa e situação dos empregados
Seis ex-presidentes da Caixa Econômica Federal divulgaram uma carta aberta para defender a importância do banco 100% público e sua consolidação como maior gerenciador de programa sociais do País, além de alertar sobre os perigos da privatização do banco, permitida com a edição da MP 995. O documento foi anunciado durante a live “O X da Questão”, realizada nesta terça-feira (26), pela gestão da representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa (CA/Caixa), Rita Serrano.
“A instituição centenária passou por diversos governos. Em alguns, por pouco não sucumbiu à privatização, como na década de 1990, quando praticamente todos os bancos estaduais e diversas outras empresas públicas foram vendidos. E consolidou-se, nas últimas décadas, como maior gerenciadora de programas sociais do País”, diz a carta.
Os ex-presidentes exaltaram o papel da Caixa, o esforço dos empregados e a superação do banco frente ao desafio do pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios durante a pandemia, quando atendeu oito de cada dez brasileiros adultos.
Ao criticar a Medida Provisória 995, que permite a privatização da Caixa aos pedaços, os ex-presidentes avaliam que o período pós-crise vai exigir forte presença do Estado para estabilizar a economia. Para isso, a atuação dos bancos públicos será fundamental. “Os investimentos estatais são fatores de estabilização econômica, do nível de emprego e da renda, na medida em que, por não obedecerem apenas à lógica de mercado, asseguram um mínimo de expansão da demanda agregada, atuando como instrumento de políticas anticíclicas”, explica o documento. “Portanto, uma Caixa pública, íntegra e sustentável deve ser premissa para qualquer ação governamental que vise superar o atual momento do País”, enfatiza.
Assinam a carta os seguintes ex-presidentes da Caixa:
Danilo de Castro (1992/1994)
Jorge Mattoso (2003/2006)
Maria Fernanda Coelho – (2006/2011)
Jorge Hereda – (2011/2015)
Miriam Belchior – (2015/2016)
Gilberto Occhi – (2016/2018)
Leia o documento na íntegra aqui!
Fonte: Fenae