Setor que mais lucra não apresenta propostas para melhorar as condições de saúde do trabalhador

Os bancários elegeram como prioridade para a Campanha Nacional 2011 a melhoria nas condições de trabalho e o respeito à saúde, com o fim das metas abusivas. Também reivindicam mais contratações para aliviar a sobrecarga de serviço e o acúmulo de funções. Mas a proposta dos bancos apresentada nessa sexta, não mencionou nenhum desses itens.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a agosto de 2011 o Brasil gerou mais de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. Os bancos, setor campeão de lucratividade, responderam por apenas 1% deste total.

Se o banco está entre os setores que mais lucram e, ao mesmo tempo, um dos que menos contrata, fica clara a razão de os bancários estarem cada vez mais sobrecarregados. E ainda tem a rotatividade que atormenta os trabalhadores e só serve para os bancos lucrarem ainda mais, demitindo os que ganham salários mais altos.

Junto com o acúmulo do trabalho decorrente desse triste cenário, está a gigantesca pressão gerada pelas metas abusivas. É uma combinação perversa e letal que leva os bancários a níveis epidêmicos de adoecimento. E os bancos não estão nem aí, porque voltaram para a mesa sem qualquer proposta para resolver esses problemas.

Fonte: Seeb-SP