Filme que narra história de trabalhadores da Caixa estreia em plataformas digitais
16/10/2020 - Por Bancários CGR
O lançamento do filme nestas duas plataformas coroa o sucesso do longa metragem
O documentário “Não Toque em Meu Companheiro” estreia nesta quinta-feira (15) em duas plataformas digitais. A partir de hoje, é possível assistir pelo Google Play (R$ 6,90) e iTunes (R$ 14,90) aos 74 minutos da história de esperança, solidariedade e união entre trabalhadores. Dirigido pela premiada diretora Maria Augusta Ramos, a obra é coproduzida pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
O lançamento do filme nestas duas plataformas coroa o sucesso do longa metragem. O documentário reconstrói a história de 110 empregados da Caixa, o único banco 100% público do país, durante a histórica greve de 1991.
“Neste momento de crise em que a classe trabalhadora está sendo asfixiada, é fundamental resgatarmos histórias como esta, que mobilizou os empregados da Caixa Econômica”, destaca o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto. “O filme mostra que a união vence todos os obstáculos e dá forças para que a luta pela Caixa 100% pública e social seja intensificada”, acrescenta Takemoto, ao reforçar que o documentário permite que os empregados do banco conheçam um dos momentos mais difíceis enfrentados pela categoria.
“Não Toque em Meu Companheiro” reúne trabalhadores demitidos à época e a nova geração da Caixa. A obra faz um paralelo entre o governo Fernando Collor de Mello (Pros-AL), que implementou medidas severas de redução do Estado, e o governo Jair Bolsonaro, que inaugura um novo ciclo neoliberal e de privatizações no país.
"O que contamos no documentário é fundamental neste momento pelo qual estamos passando no Brasil e no mundo no tocante às relações de trabalho e nesse cenário de redução de direitos", resume a diretora Guta Ramos, ao destacar que conheceu a história do filme por meio do atual diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, um dos protagonistas de “Não Toque em Meu Companheiro”.
O filme tem produção da NoFoco Filmes e é licenciado pelo Canal Brasil. A obra narra o drama dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal (de São Paulo, Belo Horizonte e Londrina) demitidos injustamente após uma greve da categoria, em 1991.
A história é reconstruída a partir de tocantes relatos dos empregados da época; entre eles, Jair Ferreira. Por mais de um ano, os colegas do banco se uniram para pagar os salários dos demitidos e ainda lutaram para a readmissão de todos (em 1992).
Para descobrir mais sobre essa história de solidariedade e resistência contra o retrocesso, basta assistir ao documentário em um dos canais digitais ou por plataformas de streaming. No Google Play, o acesso é facilitado por smartphone ou tablet Android ou, ainda, por tela de TV HDTV usando o Chromecast. O preço do aluguel do filme é R$ 6,90, com opção de compra por R$ 24,90.Na plataforma iTunes, com acesso por Apple TV no iphone ou por Smart TV, os valores são R$ 14,90 para aluguel e R$ 24,90 para compra.
“Não Toque em Meu Companheiro” também pode ser assistido em cinco plataformas de streaming. Na Filme Filme, o aluguel custa R$ 6. Nos outros canais, os valores de locação são: Net/Claro (R$ 7,45), Vivo Play (R$ 6,45) e Oi Play (R$ 12,90). Pela Looke, o aluguel do documentário é R$ 9,99 e a compra, R$ 29,99.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal reúne as 27 associações estaduais vinculadas (Apcefs) e atua coletivamente na defesa dos direitos dos trabalhadores do banco, incentivando práticas sociais, esportivas e culturais há quase 50 anos. Com o objetivo de oferecer maior integração e unidade ao movimento associativo dos empregados da Caixa, a Fenae atua na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.
Diretora de cinema reconhecida internacionalmente, Guta Ramos tem filmes premiados em diversos festivais. Uma das obras é “O Processo” (2018), que mostra os bastidores do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e estreou no Berlinale (Festival Internacional de Filmes de Berlim), onde foi ovacionado. O longa recebeu o Prêmio de Melhor Filme no festival suíço Visions du Reel, no DocumentaMadrid e no IndieLisboa.
Maria Augusta Ramos também foi premiada pelos filmes “Desi” (2000), "Justiça" (2004), “Juízo” (2007), “Morro dos Prazeres” (2013) e “Futuro Junho” (2015). Em 2014, recebeu a Prêmio Marek Nowicki, outorgado pela Helsinki Foundation of Human Rights, pelo conjunto da obra.
Ficha técnica:
Direção/Roteiro: Maria Augusta Ramos
Produção: Maria Augusta Ramos/NoFoco Filmes
Coprodução: Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)
Diretor de Fotografia: Diogo Lajst e José Eduardo Eduardo Pereira
Som: Fernando Akira, Lucas Maffini e Eder Boldieri
Edição: Eva Randolph
Edição de Som: Rodrigo Maia Sacic
Mixagem: Gustavo Loureiro
Direção de Produção e Pesquisa: Zeca Ferreira.
Fonte: Portal CUT