Funcionários exigem que Santander seja transparente e cumpra a lei
14/08/2020 - Por Bancários CGR
Para Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, o banco deixou seus funcionários sem escolha e, desde a imposição do banco, muitos deles têm procurado seus sindicatos, temerosos do que pode vir a acontecer caso não assinem o termo.
“Infelizmente, os funcionários não têm alternativa. Se não assinam o termo são prejudicados. Mas, as entidades de representação tomarão todas as medidas cabíveis para proteger a eles e aos seus dados pessoais”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.
Problema permanece
O banco não retirou o termo do sistema. Fez apenas algumas orientações a respeito do termo sem alterá-lo, mas, de acordo com parecer jurídico encomendado pelo movimento sindical, elas não corrigem o problema. Os advogados afirmam que a lei define regras para que sejam compartilhados dados dos funcionários.
“No ‘Termo aditivo ao contrato de trabalho’, imposto pelo Santander aos seus funcionários, o banco não cumpre os requisitos da transparência. Além de não informar quais dados serão coletados, também não indica qual a finalidade específica deste compartilhamento”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia.
O parecer jurídico ressalta que qualquer alteração no contrato de trabalho é de interesse coletivo dos trabalhadores e, consequentemente, das entidades que os representam.
O banco estipulou que os trabalhadores devem assinar o contrato até o dia 14 de agosto. Quem não assinar deixará de ter acesso ao portal RH e a outros serviços na intranet do banco.
“Pedimos apenas que o banco seja transparente e, como exige a lei, informe quais e porque seus dados serão recolhidos, além disso, como e pra que estes dados serão utilizados. Queremos apenas que a lei seja cumprida”, afirmou Mario Raia.
Fonte: Contraf-CUT