Para governo Bolsonaro, Caixa deve puxar a fila do desmonte do Estado
A privatização da Caixa já começou. O alerta que o movimento sindical faz há meses ficou claro nos primeiros 100 dias do da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Após capitanear a primeira operação de privatização com a venda das ações do ressegurador IRB Brasil Re detidas por um fundo governamental, a Caixa já engatilhou a segunda operação. Desta vez, o alvo é a participação na Petrobrás, a partir dos papéis detidos pelo FI-FGTS. A ideia é esvaziar os fundos governamentais, um por um, para enfraquecer o banco. Na semana passada, a instituição contratou quatro instituições, além da própria Caixa, para coordenar a operação.
“Não podemos aceitar o que estão fazendo com a Caixa. Eles querem reduzir essa instituição pública que o banco mais sólido do nosso país. A Caixa tem que se manter 100% pública e buscar sempre o crescimento para construir o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.
Outros ativos estão com os dias contados segundo a direção do banco, como a área de seguros, loterias, operação de cartões, imóveis e agências.
O leilão da raspadinha, previsto para ocorrer em 26 de março, foi remarcado para 26 de abril. É a quarta vez que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adia o certame. Os sindicatos e empregados do país todos devem fazer reuniões e atividades com a população falando da importância da Caixa. “Só a luta pode defender as empresas públicas a Caixa, o BNDES, o BB e os direitos que esse governo tenta arrancar e entregar aos banqueiros”, finalizou Dionísio.
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