Greve nacional dos bancários cresce 13% no seu terceiro dia

08/09/2016 - Por Bancários CGR

Na véspera da reunião com a Fenaban, 8.457 locais de trabalho tiveram as atividades paralisadas

No terceiro dia da Greve Nacional dos Bancários, 8.454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, nesta quinta-feira (08), em todo o Brasil. Este número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lembrou que, desde as primeiras horas do dia, a Confederação acompanhou a organização da greve. “Logo as notícias começaram a chegar cheias de novidades boas. A adesão estava sendo maior, o feriado não tinha influenciado nossa mobilização, as dúvidas a respeito da proposta dos bancos, causada por um comunicado infeliz da Fenaban querendo enganar os trabalhadores, estavam sanadas e a indignação causada por este comunicado tinha resultado em mais gente na luta. Ao final do dia, pudemos constatar, pelo aumento expressivo da greve, que o movimento está no caminho certo”, resume. 

Na manhã desta sexta-feira (09), o Comando Nacional volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), às 11h00, em São Paulo. A reunião foi convocada pela bancada patronal após a forte mobilização no primeiro dia da greve.

O presidente da Contraf-CUT enalteceu a forte mobilização da categoria que arrancou esta rodada de negociação. “Esperamos agora que os bancos revejam sua proposta, tragam garantias de emprego, de saúde, de segurança para seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que os bancos queiram rever o seu processo de estabelecimento de metas e a forma da cobrança destas metas. Não é pedir demais. Os bancos ganham muito. Tem lucros fabulosos. Milhares estão em greve e a sociedade espera que os banqueiros resolvam este conflito”, conclui. 

Campanha Nacional 2016

Desde a data da entrega da minuta de reivindicações dos bancários à Fenaban, no dia 09 de agosto, já ocorreram cinco rodadas de negociações e os banqueiros não apresentaram proposta decente aos trabalhadores. A proposta que a Fenaban apresentou no dia 29 de agosto foi de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios, mais abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, e representa perdas de 2,8% para os bancários.

Entre as reivindicações dos bancários estão reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

 

Fonte: Contraf-CUT

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