Tudo bem que o governo Lula acabou de começar. Mas, alguns problemas causados aos brasileiros decorrentes da política ultraliberal dos governos Temer e Bolsonaro precisam, urgentemente, serem resolvidos. É o caso da correção da tabela do Imposto de Renda. A mordida do leão vem com força.

Um bom exemplo são os aposentados do INSS que ganham mais de um salário mínimo. Em janeiro, o benefício teve reajuste de 5,93%, índice correspondente à inflação de 2022. Mas, na prática, não dá para o bolso sentir, por conta do aumento do imposto retido. 

Embora o governo Lula sinalize que trabalha para corrigir a distorção com a reforma tributária, prevista para ser enviada ao Congresso Nacional ainda neste ano, a herança deixada por Temer e Bolsonaro prejudica, e muito, a economia.

Para se ter ideia do prejuízo, em 2015, último ano que a tabela foi corrigida, um aposentado com benefício bruto de R$ 4.663,75, tinha R$ 413,21 de imposto retido na fonte e ficava com R$ 4.250,54. Em janeiro, o imposto descontado foi de R$ 1.195,20.

Quer dizer, apesar de os reajustes oficiais do INSS acumularem 60,97% de 2015 até agora, a renda líquida do aposentado aumentou apenas R$ 48,5%. Enquanto isso, o aumento do imposto de renda retido na foi de 189,24%. 

Fonte: Seeb-Bahia