Internacionalização tem de respeitar bancários
05/11/2010 - Por Bancários CGR
São Paulo - Robustos e com lucros saindo pelo ladrão, os maiores bancos brasileiros estão procurando expandir suas operações para os quatro cantos do mundo. Notícias dão conta de que o Banco do Brasil, o Bradesco e o Itaú Unibanco já miram mercados na África, Europa, Ásia, Estados Unidos e América do Sul.
A mais recente foi a autorização do Banco Central para que o Banco do Brasil comprar o Banco da Patagônia, da Argentina.
Para o Sindicato, o desembarque das instituições brasileiras em terras estrangeiras tem de levar na mala o respeito aos bancários de todos os paises.
Na primeira quinzena de agosto, o Bradesco e o Banco do Brasil acertaram uma parceria com o Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, para atuar na África. Na esteira, o itaú Unibanco divulgou também que está de olho naquele continente ao fechar a venda de cinquineta máquinas de autoatendimento para o Banco de Negócios Internacional (BNI), de Angola, confirmando projeto de internacionalização revelado pelo presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, e Pedro Moreira Salles, então presidente do Unibanco, no dia do anúncio da fusão.
O Banco do Brasil também, segundo matéria do jornal Brasil Econômico, busca mercado no concorrido mercado norte-americano por meio de aquisições de bancos. A intenção é operar em Miami, Boston e Nova York. Nesta última a empresa já conta com uma subsidiária. A intituição procura ainda aumentar sua presença na América Latina e estuda os mercados além da Argentina, especialmente no Chile, Peru, Colômbia e Uruguai. Atualmente o BB já está em 22 países.
Isoladamente o Bradesco também se movimenta. Segundo o Diário do Comércio, o banco anunciou que pretende abrir em novembro uma unidade em Hong Kong, na China. Disse ainda que pretende chgar a Nova York (EUA), Londres (Reino Unido) e Luxemburgo, país de onde planeja centraliz operações europeias e do Oriente Médio.
"A internacionalização dos bancos brasileiros é uma tendência que está se tornando cada vez mais real. É fundamental que, além de procurar novos nichos de mercado, eles se preocupem também em respeitar os trabalhadores seja lá onde estiverem", diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Acordo marco - O Sindicato está na luta pelo respeito aos direitos dos bancários em todos os lugares do mundo. Atualmente, ao lado da Uni Finanças - sindicato mundial -, é parte da campanha pela assinatura do Acordo Marco Global no Santander e HSBC, bancos estrangeiros que atuam não apenas aqui mas também em diversos outros países. A intenção é garantir direitos básicos aos trabalhadores em todos os países onde ambos atuam.
A UNI Finanças é um braço da UNI Sindicato Global, entidade com sede na Suíça que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores. Entre os dias 9 e 14 de novembro, a entidade organiza o Congresso Mundial UNI Sindicato Global, no Japão, com a participação do Sindicato.
No mesmo sentido o Sindicato trabalha no Itaú Unibanco. Em delegação internacional da UNI Finanças, com dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, reuniu-se com a direção do banco para reforçar a importância da assinatura também de um acordo global que garanta direitos fundamentais para todos os funcionários do banco no mundo.
Fonte: Seeb SP