O Banco Itaú, que teve o segundo maior lucro do setor bancário em 2012, cometeu uma atitude de total desrespeito e insensibilidade ao demitir a bancária Maria das Dores Barros Ramalho – funcionária há mais de 30 anos – em pleno Dia Internacional da Mulher. A bancária era chefe de Serviços Operacionais na agência centro do município de Campina Grande-PB.

O lucro líquido do banco atingiu R$ 14,043 bilhões. Esse foi o segundo maior lucro do setor no país. O maior foi o resultado do próprio Itaú em 2011, quando bateu R$ 14,640 bilhões, de acordo com levantamento do Dieese, subseção da Contraf-CUT. Ou seja, o banco que mais lucrou foi capaz de uma atrocidade desta magnitude em um dia que tem como origem as manifestações das mulheres por melhores condições de vida e trabalho.

Diante disso percebemos que ainda há muito para ser conquistado. Nos últimos 80 anos as mulheres conquistaram o mercado de trabalho, o direito ao voto e hoje temos até uma mulher na presidência do país. Embora falte o principal, garantir de fato o fim das discriminações contra as mulheres, considerando que a mulher bancária ainda ganha menos que os homens e encontra muito mais dificuldades para fazer carreira, mesmo estando mais preparada.

“Mais uma vez o Itaú dá uma demonstração de desrespeito a seus trabalhadores, que não são valorizados na mesma proporção de seu empenho ao longo de toda uma vida dedicada à entidade financeira. Demitir uma funcionária no Dia Internacional da Mulher é mais que insensibilidade, é uma afronta aos próprios direitos humanos”, enfatizou o presidente do Seeb-CGR, Rostand Lucena.

O Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região manifesta seu repúdio à atitude desumana do Banco Itaú, ao mesmo tempo em que parabeniza as mulheres nesse dia 8 de março pela força e coragem de superar obstáculos e conquistar posições cada vez mais importantes na sociedade.

Fonte: Seeb-CGR