Itaú mostra intransigência ao demitir bancária por não ter CPA-10
27/12/2022 - Por Bancários CGR
Ao demitir uma bancária com 14 anos de instituição, que sempre teve bons resultado e foi bem avaliada, por não ter a certificação Anbima CPA-10, o Itaú evidenciou sua intransigência no relacionamento com os funcionários.
"A bancária fez a prova no meio do ano. Porém, com problemas pessoais, de conhecimento do gestor, que a encaminhou para o Programa Fique OK, ela não teve sucesso na avaliação. O banco então aplicou uma medida orientativa disciplinar e deu um prazo para obter a certificação", relata o diretor executivo da Contraf-CUT e bancário do Itaú, Carlos Damarindo.
"No feedback, o gestor reconhece que a bancária entregou todas as metas e resultados, mas por questão de `ética inegociável com o cliente`, ela não poderia estar atuando na função", acrescenta Damarindo.
Resolução do Banco Central exige o certificado apenas para as atividades “de distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos”. Entretanto, o banco diz no em termo de responsabilidade, que o bancário deve assinar, que o empregado não pode exercer atividades de “comercialização de produtos de investimento diretamente junto ao público investidor".
Segundo o dirigente, o banco alega que nenhum trabalhador será demitido por não ter a certificação. "A bancária, com 14 anos no Itaú, não teve uma segunda chance para fazer a prova. Foi demitida por falta de uma certificação, embora o banco alegue que o desligamento ocorreu por performance. Um absurdo."
Em reunião da COE Itaú com representantes do banco, na terça-feira 20, o banco informou novas medidas com relação às certificações Anbima: para trabalhadores que fizeram a prova e não passaram, 60 dias para obter a certificação; e, para os trabalhadores que não fizeram nenhuma tentativa, serão advertidos e terão os mesmos 60 dias para obter a certificação.
Fonte: SP Bancários