O Itaú teve um lucro de R$ 28 bilhões no ano o passado, desenvolve uma campanha para mostrar seu lado humano na pandemia, mas demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos. “Eles têm gordura financeira para segurar seus funcionários. Fomos pegos de surpresa nesse momento crítico. Não cumpriram o compromisso de não demitir na pandemia. Queremos que o banco reveja essas demissões e discuta a realocação desses funcionários”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.
Campanha
Mesmo reafirmando a importância do diálogo na mesa de negociações, os membros da COE decidiram reforçar o diálogo com os funcionários do banco e preparar uma campanha para denunciar as demissões no Itaú. A denúncia da quebra do compromisso será divulgada nas redes sociais. Nesta terça-feira (15) houve um primeiro ensaio da campanha com um tuitaço às 14h, uma hora antes da reunião da COE com os representantes do banco. A hashtag digitada para protestar contra as demissões era #ItaúPareDeDemitir.
Na reunião com a COE, os representantes do Itaú informaram que realocaram 70% dos funcionários da área de veículos que inicialmente iriam ser demitidos. Os membros da COE cobraram mais transparência nos números de funcionários a serem atingidos pelas mudanças e que todos, e não apenas 70%, sejam realocados em outras áreas da instituição.
Porém, as demissões não ficaram restritas à área de Veículos. “Essas demissões vêm ocorrendo no Brasil todo, principalmente, nos cargos de gerência. Tivemos também demissões de caixa dentro de agencias”, completou Jair Alves. Também foi levantado pela COE Itaú que o banco está demitindo companheiros adoecidos e até mesmo outros que tinham recebido prêmios por bom desempenho. Membros da COE cobraram que o banco realize exames demissionais criteriosos.
Jair Alves disse que os desligamentos também levantam a questão da volta das homologações serem feitas nos sindicatos da categoria. Esse será um dos pontos a serem discutidos nas próximas reuniões da COE com os representes do banco onde o debate central será o das demissões durante a pandemia.
Fonte: Contraf-CUT