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Juros altos praticados pelo Banco Central é tema de debate na UFCG

05/04/2023

Sindicato, bancários e economistas participaram no encontro nessa terça-feira

O Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região organizou em parceria com a CUT-PB, CTB-PB, Sintesuf, Sintep e o PT-CG, uma plenária, ocorrida na última terça-feira (4), na UFCG, que teve como tema “Banco Central e Juros Altos”.

O debate teve participação do presidente do Sindicato dos Bancários, que também representou a CUT-PB, Esdras Luciano, das professoras de economia da UFCG, Karla Vanessa e Águida Cristina, do presidente a Associação dos Gestores da Caixa (AGCEF-PB), Sandro Jardel, do representante da CTB-PB e presidente do Sindicato dos Comerciários, José Rogério e do presidente do PT em Campina, Hermano Nepomuceno, como moderador do debate.

Esse foi o segundo debate que nós realizamos sobre o tema, o primeiro foi na UEPB. Nosso objetivo é levar o debate a sociedade e desmistificar a argumentação de que é um tema estritamente técnico. A população precisa saber o que está em jogo e quais as consequências dessa prática para suas vidas.

Para o presidente do Sindicato, Esdras Luciano, “debates como este são necessários para mostrar para a população brasileira que o presidente do BC, com sua política de juros altos, boicota o desenvolvimento do país, boicota a geração de empregos e faz os combustíveis e os alimentos aumentarem de preços”.

"A gente sempre está no ranking de país com maiores juros do mundo. Agora, nesse momento, somos a maior taxa de juros real do mundo... O Banco Central está aumentando uma taxa de juros para perseguir uma meta de inflação e perseguir essa meta é manter a economia brasileira numa recessão muito grande, manter a economia estagnada a um custo social gigantesco”, destacou a professora Águida Cristina, durante o debate.

Para o presidente a Associação dos Gestores da Caixa (AGCEF-PB), Sandro Jardel, a atual política monetária brasileira tem três características: “é ilegítima, insuficiente e nefasta”. Na afirmação, ele considera que o presidente do BC “ignorou um conjunto de políticas públicas negociado” e “agiu de forma ameaçadora ao pressionar o novo governo”, condicionando o aumento dos juros. 

Ações como essa fazem parte da campanha que reivindica a queda na taxa de juros do CB. O movimento sindical entende que a alta taxa de juros paralisa a economia e impede o país de crescer e gerar emprego decente, distribuir renda e facilitar o acesso ao crédito.

 

Fonte: Seeb-CGR

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