Banqueiros têm de dizer sim para as reivindicações dos bancários

 

Se transformados em notas de R$ 10 e enfileirados, os mais de R$ 21 bilhões embolsados pelos seis maiores bancos brasileiros – Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Federal, Santander e HSBC - de janeiro a junho de 2010 seriam suficientes para dar sete voltas e meia ao redor da Terra.

O crescimento do lucro até agora está sendo mais intenso do que nos últimos anos, graças também à excelente situação que a economia brasileira atravessa. Para se ter uma ideia do volume de dinheiro, para atender à nossa reivindicação de aumento real de 5% acima da inflação, os banqueiros precisarão usar só 4,8% do lucro, considerando o primeiro semestre de 2010.

Desrespeito – Mesmo com esse resultado de fazer inveja aos demais segmentos da economia, os bancos estão “chorando de barriga cheia”. Em flagrante desrespeito à negociação que acontece nesta quarta 15 e quinta 16, o negociador da federação dos bancos (Fenaban) disse, em entrevista ao jornal O Globo no sábado 11, que “11% de aumento é inviável” e que a reivindicação dos bancários “não tem viabilidade diante de uma inflação próxima de 4%. Temos que trazer esse número para realidade”. “Às vésperas da negociação sobre remuneração, não está certo o negociador dos bancos dar uma informação à imprensa que ainda nem foi debatida na mesa”, diz Juvandia. “Na verdade, a realidade é que o lucro dos bancos cresceu mais de 28% e eles dizem que não podem pagar 11% de aumento para os bancários? Parece piada, mas os bancários não estão achando graça e deixaram isso claro no Dia Nacional de Luta dessa terça”.

 

Fonte: Seeb SP