A ministra da Cultura, Marta Suplicy, informou há pouco que mais de 205 mil cartões do vale-cultura já foram emitidos. Ela participa de seminário sobre o assunto na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Os servidores em greve do Ministério da Cultura e de entidades vinculadas ao órgão, como museus e bibliotecas, lotam o plenário onde o seminário está sendo realizado.

O vale-cultura, criado em 2012 pela Lei 12.761/12, é um benefício no valor mensal de R$ 50 que pode ser oferecido pelas empresas aos trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos. Ele pode ser usado para pagar entradas e ingressos de teatro, cinema, museus, shows de música, e para comprar livros e revistas. Mas a expectativa da ministra é que o vale ajude a ampliar o interesse do brasileiro pelas atividades culturais.

A ministra explicou que a expansão do benefício está ocorrendo aos poucos. “Os museus nacionais ainda não estão aceitando, mas estão no caminho”, disse. Ela observou que, no começo do ticket-refeição, por exemplo, o processo de credenciamento dos estabelecimentos também foi devagar.

Desde a implantação do benefício, mais de R$ 1,9 milhão já foi consumido no mercado cultural brasileiro com o vale-cultura. A expectativa da ministra é que o vale possa injetar cerca de R$ 25 bilhões ao ano no mercado cultural. Até 36 milhões de trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos poderão ser beneficiados. Ela disse que o ritmo de implantação está sendo o imaginado, e que agora deve aumentar, por conta de uma propaganda nacional sobre o vale.

Adesão - Marta explicou que qualquer empresa que emprega trabalhadores com carteira assinada pode oferecer o benefício a seus empregados. Para aderir, a empresa se credencia pelo site do ministério e escolhe uma das 23 operadoras que estão habilitadas para a emissão do cartão do vale-cultura. “A empresa é que tem que tomar a iniciativa, e não o ministério”, explicou. “E é a operadora que credencia os equipamentos culturais que poderão ser utilizados”, completou.

Para oferecer o benefício, a empresa pode descontar R$ 1 do salário do funcionário que ganha até um salário mínimo; R$ 2 do empregado que recebe 2 salários mínimos, até o limite de desconto de R$ 5, para os que ganham cinco salários.

Fonte: Agência Câmara