A importância da Caixa tem sido visível durante o pagamento do auxílio emergencial aos trabalhadores informais e desempregados
A cada ameaça do governo em privatizar setores estratégicos da Caixa, como o de cartões e o de seguros, a preocupação do movimento sindical com a população e com o desenvolvimento social do país aumenta. A importância do único banco 100% público tem sido visível durante o pagamento do auxílio emergencial aos trabalhadores informais e desempregados.
A Caixa é um instrumento de fomento às políticas que visam reduzir as desigualdades regionais e sociais. A iniciativa privada não tem interesse. No momento de crise como a vivida atualmente com a pandemia causada pelo coronavírus, sem a circulação de dinheiro suficiente para fazer girar a economia, o valor das ações do patrimônio público fica em baixa.
A venda do banco deve ser impedida porque é nele que 40% da poupança dos brasileiros é guardada, onde o sonho da casa própria é realizado, além de ser responsável por gerir os programas de inclusão social, como o Bolsa Família, pelo pagamento do abono salarial, PIS e seguro desemprego.
Porém, infelizmente, o desmonte da Caixa está em curso. Nem mesmo a arrecadação de R$ 12,1 bilhões das loterias entre janeiro e setembro de 2019 impediu que o governo vendesse a Lotex em outubro do ano passado. Deste valor, R$ 4,5 bilhões foram destinados para seguridade social, esporte, educação, cultura, segurança e saúde.
Com lucro de R$ 3,05 bilhões no primeiro trimestre deste ano, a Caixa fechou 713 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2019. Ainda foram fechadas três agências, 29 Postos de Atendimentos, 44 lotéricas e 75 Correspondentes Caixa Aqui em 12 meses.