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Mesa Temática de Saúde garante adiantamento emergencial

12/07/2019 - Por Bancários CGR

Trabalhadores questionaram MP 881, que, se aprovada, permitirá trabalhos aos sábados, domingos e feriados
 
Foto: Jailton Garcia

O Comando Nacional dos Bancários e representantes do Coletivo de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT se reuniram, nesta quinta-feira (11), com a Federação Nacional dos Bancos para dar continuidade ao debate sobre adiantamento salarial nos casos de afastamento, indicação de locais para realização de perícia médica, entre outros temas relacionados à saúde do trabalhador.

Na ocasião, os trabalhadores também reivindicaram o abono das faltas no dia da Greve Geral de 14 de junho e o compromisso dos bancos com a categoria bancária em relação ao cumprimento da Convenção Coletiva. A presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e membro do Comando Nacional dos Bancários, Adriana Nalesso, afirmou que a aprovação do relatório da MP 881, nesta quinta-feira (11), precariza ainda mais as relações de trabalho e impacta  a saúde e a vida dos trabalhadores. “Impacta a saúde do trabalhador no que diz respeito a jornada de trabalho e desobriga as empresas a constituirem CIPA, que é muito importante na prevenção de acidentes de trabalho”.

Adriana reivindicou ainda o compromisso dos bancos com a categoria bancária. “Reivindicamos o respeito a nossa Convenção Coletiva, que é válida até 31 de agosto de 2020”, disse.

A Fenaban não se posicionou em relação ao relatório.

Greve Geral: Abono de faltas

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram o abono das faltas dos bancários que participaram da Greve Geral de 14 de junho. Adriana Nalesso lembrou que é livre as organizações dos trabalhadores e que os sindicatos fizeram assembleias e cumpriram todos os requisitos legais para a mobilização. “Por se tratar de uma mobilização legítima e que tem como pauta a reforma da Previdência, que interfere nos direitos dos trabalhadores, cobramos o abono das faltas”, afirmou.

A Comissão da Fenaban  ficou de consultar  os bancos sobre o assunto, mas não criou expectativas positivas.

Licença-maternidade para casais homoafetivos

A licença–maternidade para casais homoafetivos femininos também foi debatida. Os representantes dos trabalhadores receberam denúncias de que alguns bancos têm descaracterizado a licença para casais de mulheres e concedido a licença-paternidade para estes casos. O debate terá continuidade na mesa de igualdade de oportunidades.

Adiantamento salarial em casos de afastamento

Em caso de negativa do benefício, os bancos se comprometeram a garantir adiantamento emergencial, mediante a comprovação do recurso a junta do INSS, sendo considerado inapto. Também houve o compromisso de garantir o parcelamento do adiantamento emergencial, em caso de solicitação pelo bancário, correspondente a 30% do valor mensalmente, até o pagamento integral do adiantamento.

Sobre os outros assuntos pendentes, os bancos ficaram de dar retorno na próxima reunião.

Foi iniciado o debate sobre políticas de prevenção e programas de controle médico. O movimento sindical ficou de apresentar um documento sobre os assuntos a serem debatidos na próxima mesa, a ser marcada. Dentre as prioridades estão a questão do direito a informação sobre adoecimentos, programas de controle médico, entre outros. Para o secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, é preciso que a participação dos trabalhadores seja . “Não é possível uma real prevenção sem que os bancários sejam ouvidos. Também reivindicamos que as CIPA’s sejam valorizadas e que todas sejam eleitas pelos trabalhadores.”

Fonte: Contraf_CUT

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