Mudança no Plano de Previdência do Bradesco é prejuízo para o trabalhador
21/08/2014 - Por Bancários CGR
A mudança no Plano de Previdência do Bradesco foi o foco de discussões na reunião da COE Nordeste Bradesco (Comissão de Organização dos Empregados do Nordeste), realizada nesta última quarta-feira, em Recife. O novo modelo, definido unilateralmente pelo banco, foi analisado com profundidade pelos participantes.
O debate contou com a presença do especialista em previdência complementar, José Ricardo Sasseron, que é vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar) e ex-diretor eleito da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
Os diretores Odivaldo Bomfim e Marco Antônio Batista representaram o Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região no encontro.
Segundo Sasseron, as mudanças impostas pelo banco representam retrocesso para os trabalhadores. O plano antigo tem uma taxa de juros cravada em 5%. Ao abrir a possibilidade de redução desta taxa, o benefício a ser recebido pelo trabalhador na hora da aposentadoria diminui muito.
Um por cento de redução nos juros significa 20% a menos no benefício. O banco percebeu que a tendência é que a rentabilidade não seja suficiente para cobrir esta taxa e que, portanto, futuramente, teria que fazer um aporte maior. Com as mudanças, ele se livra do risco e transfere os prejuízos para o trabalhador, avalia Sasseron.
Segundo Suzineide Rodrigues, representante da Fetrafi-NE na COE, os integrantes da comissão de empregados já solicitaram ao banco uma reunião para discutir o assunto.
Mas o Bradesco se recusa a negociar as mudanças. Achamos importante que os funcionários do banco tenham uma previdência complementar, com participação dos trabalhadores na gestão do plano. Estamos avaliando as próximas ações, afirma Suzi.
Fonte: Seeb_CGR com Seeb_PE