Aliado próximo de Jair Bolsonaro, o presidente da Caixa, não esconde o interesse em concretizar um projeto político. Com o Caixa Mais Brasil, que tem o intuito de aproximar a direção do banco de autoridades, empresários e lideranças locais, Pedro Guimarães realizou mais de 97 expedições desde 2019.
Até o fim de 2022, deve chegar a 166, ao custo médio de R$ 50 mil por viagem, visitando mais de 140 municípios. Em nome da possibilidade de ser o vice de Bolsonaro em 2022 ou ter apoio para uma vaga no Senado ou para uma candidatura ao governo do Rio de Janeiro, Pedro Guimarães também criou uma gerência na Caixa para eventos e visitas institucionais, além do canal Fale com o Presidente.
O Caixa Tour - como é chamada nos bastidores - tem um gasto mensal de R$ 300 mil e possui 19 funcionários que trabalham para as aparições públicas do presidente do banco. Enquanto Guimarães gasta dinheiro público para se promover, comer bode, dançar quadrilha e tirar foto em mangue, a instituição financeira sofre desmonte e fatiada para ser entregue ao mercado.
Os empregados vivem sobrecarregados pela falta de bancários nas agências, pois a gestão de pessoas é baseada na exploração extrema dos trabalhadores e no assédio moral. O governo e a atual gestão da Caixa utilizam a estatal, fundamental para o povo brasileiro e para o desenvolvimento do país, como trampolim político.
Fonte: Seeb-BA