Na PB, casos de explosão a caixas eletrônicos sobem 43% em um ano

30/12/2015 - Por Bancários CGR

 

 

O número de casos de explosão a caixas eletrônicos cresceu aproximadamente 43% entre 2014 e 2015. Conforme levantamento de dados do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba (SEEB-PB), foram registrados 53 casos em todo o ano de 2014 e neste ano, até esta terça-feira (29), foram contabilizados 76 explosões a caixas eletrônicos.

Ainda de acordo com os dados do sindicato dos bancários, o número geral de ataques contra os estabelecimentos bancários cresceu cerca de 13%, do ano passada para 2015. Em 2014, o SEEB-PB contabilizou 116 casos de ataque a agências e até 2 de dezembro deste ano, data do última ocorrência registrada, tinham sido notificados 131 casos de violência contra bancos. A Secretaria da Segurança e da Defesa Social informou que, em 2015, as polícias prenderam diversas quadrilhas de assaltantes de banco e apreederam armas e explosivos utilizados durante esse tipo de ação criminosa.

 

A escalada de casos de violência contra agências bancárias é ainda mais relevante se forem levados em consideração os dados coletados desde 2012. Em cerca de quatro anos, os casos de explosão a caixas eletrônicos passaram de 29 em 2012 para 76 em 2015, configurando um crescimento de quase 162%.

 

O número geral de ataques também registrou um aumento que supera a marca de 100% no mesmo período. Entre 2012 e 2015, o aumento dos ataques apresentou uma alta de aproximadamente 108%, subindo de 63 para 131. Em 2015, do total de casos registrados até esta segunda-feira (28), 76 foram de explosão a caixa eletrônico, 26 foram de arrombamento, 14 foram de do crime conhecido como “saidinha de banco”, 11 foram de tentativas de roubo e quatro foram de assaltos, ainda segundo dados do sindicato dos bancários.

O G1 entrou em contato com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para repercutir o aumento dos casos na Paraíba. Em nota enviada por sua assessoria, a Febraban informou que o órgão e seus bancos associados acompanham com extrema preocupação os ataques a caixas eletrônicos em todo o País e lamentam que a situação tenha chegado ao ponto de a população ser privada de um serviço dessa importância.

 

Ainda de acordo com a nota da Febraban, os bancos investem anualmente cerca de R$ 9 bilhões em seguranã e ao longo de mais de uma década, adotaram uma série de medidas preventivas para contribuir com a redução dos assaltos. Instalaram cofres com dispositivo de tempo, circuitos fechados de televisão, sistemas de detecção e de monitoramento e alarme. Além do investimento em equipamentos, os bancos também reduziram o volume de dinheiro disponível nas agências e incentivam a população a usar os canais eletrônicos para realizar operações bancárias.

O resultado desses investimentos, conforme a Febraban, tem se refletido na queda no número de assaltos. Em 2014, houve 385 assaltos a bancos em todo o país, ante 449 de 2013. Em 2000, foram 1.903 assaltos e tentativas de assaltos. Com agências bancárias mais protegidas, a criminalidade migrou para meios mais violentos como explosões de caixas eletrônicos, de acordo com a entidade.

"Nesses assaltos e arrombamentos, as ações são muito rápidas e usam força desproporcional, com armamentos pesados, de elevado poder de destruição. Para os bancos, a ação de segurança permitida pela legislação aos estabelecimentos comerciais e bancos é insuficiente frente à violência empregada. O combate desse tipo de crime exige um conjunto de ações no âmbito da segurança pública", explica a nota.

A Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds) informou que tem trabalhado por meio de seus órgãos operativos – Polícias Civil e Militar – para prevenir e reprimir crimes violentos patrimoniais (CVP) no estado da Paraíba, inclusive aqueles cometidos contra instituições financeiras.

 

De acordo com a Seds, no ano de 2015, as polícias foram responsáveis pela prisão de diversas quadrilhas de assaltantes de banco e também pela apreensão de armas e explosivos utilizados durante esse tipo de ação criminosa. O trabalho acontece por meio de prevenção e repressão qualificada, com operações nas áreas com maiores registros e também com abordagens e investigação policial, durante ações específicas para esse tipo de enfrentamento à violência.

Fonte: G1

 

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