As negociações com o Santander para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho ainda estão em andamento. “O banco já sinalizou avanços importantes, como, por exemplo, a extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, a inclusão de uma cláusula de repúdio sobre violência contra a mulher e melhorias no combate ao assédio moral e sexual”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. “Mas, aguardamos um retorno positivo quanto à manutenção dos canais de negociação com os trabalhadores, bem como o fortalecimento do comitê de relações trabalhistas”, completou.
O movimento já realizou diversas conversas com o banco, na tentativa de reforçar a importância e a reponsabilidade do banco com o diálogo com as entidades sindicais.
Banesprev e Cabesp
O Santander sinaliza com a não renovação dos termos de compromisso do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) e da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp). “O banco havia se comprometido com a implementação de um Grupo de Trabalho paritário, formado entre representantes do movimento sindical e da instituição financeira para discutir quaisquer questões que resultem em reestruturação tanto na Cabesp quanto no Banesprev”, observou a coordenadora da COE, ao lembrar que este compromisso está firmado nos termos do ACT dos funcionários do banco. “Ao longo dos anos estes grupos tiveram resultados positivos para todos os envolvidos”, completou.
A possibilidade de não renovação dos termos levanta uma série de preocupações entre os trabalhadores quanto à governança do Banesprev e da Cabesp. “Indica que o banco não tem interesse em resolver possíveis conflitos no diálogo com os representantes dos empregados, uma vez que os termos de compromisso do Banesprev e da Cabesp nada mais são do que o estabelecimento do diálogo social entre os trabalhadores e o Santander, que afirma sempre estar aberto ao diálogo”, afirmou Lucimara. “Porém, quando ameaça não mais ratificá-los, o banco assume um comportamento completamente diferente daquilo que diz defender. Em resumo, não assinar estes documentos indica que o banco nega o diálogo social”, concluiu.
Fonte: Contraf-CUT