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Negociações específicas com BB, Caixa e BNB não avançam

30/08/2013 - Por Bancários CGR

As negociações específicas da Campanha Nacional dos Bancários com os bancos públicos encerraram esta semana sem nenhum avanço. Nas reuniões realizadas nesta quinta-feira, dia 29, com as diretorias do Banco do Brasil e da Caixa, os sindicatos saíram frustrados e prontos para ampliar ainda mais a mobilização dos bancários. A reunião de segunda-feira, dia 26, com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também não avançou.

Os bancários precisam aumentar a pressão sobre os bancos para garantir que as negociações sejam mais produtivas. Até agora, não houve qualquer avanço nas negociações gerais dos bancários com a Fenaban e nem nas específicas com os bancos públicos. Agora, é hora de ampliar a nossa mobilização para pressionar as instituições financeiras e até para nos preparar para uma greve, caso ela seja necessária.

Banco do Brasil - Os negociadores do Banco do Brasil não se posicionaram em relação às reivindicações apresentadas pelos dirigentes sindicais na terceira rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2013. O banco não respondeu à proposta dos empregados de aumentar o percentual dos interstícios de 3% para 6% no Plano de Carreira e Remuneração (PCR) e nem sobre as reivindicações de adotar o piso do Dieese (R$ 2.860) para o A-1, que é o primeiro nível da carreira, ou de aumentar o valor do mérito inicial, M-1, dos atuais R$ 104,76 para R$ 217,18.

Os sindicatos também cobraram solução para os comissionados que se afastam por mais de 90 dias e ao retornar passam à função de escriturário. Para essa questão o banco sinalizou que pode criar um programa de reintegração para que os comissionados possam ser reconduzidos a seu cargo quando retorna a seu local de trabalho.

Já faz um mês que o BB está com a nossa pauta de reivindicações e até agora não há qualquer proposta para as demandas apresentadas. Nas negociações gerais, a Fenaban se comprometeu a apresentar proposta global na próxima quinta-feira, dia 5 de setembro. Então, cobramos do BB que também apresente uma proposta urgente para as nossas reivindicações específicas.

Caixa - A Caixa Econômica Federal não apresentou nesta quinta-feira qualquer contraproposta para solucionar as demandas sobre a contratação de pessoal, carreira e isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, na terceira rodada de negociação da pauta específica da Campanha 2013. Durante a reunião, os sindicatos voltaram a atacar a inauguração de novas unidades com número insuficiente de trabalhadores. Os negociadores pela Caixa afirmaram que, por determinação do Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), a ampliação do quadro está atrelada à abertura de novas unidades.

Os representantes do banco acrescentaram que também por impedimento do Dest não tem como atender reivindicações de isonomia para empregados que entraram na empresa após 1998 e que se referem à licença-prêmio (que corresponde ao trabalhador ter direito a abonar 18 dias no ano) e o ATS (Adicional por Tempo de Serviço). A Caixa afirmou, ainda, que por impedimento do Dest também não tem como valorizar o Plano de Funções Gratificadas e nem resolver a questão dos avaliadores de penhor.

É muito fácil para a diretoria da Caixa culpar o Dest por todas as reivindicações não atendidas. “Não vamos aceitar essas desculpas esfarrapadas da Caixa. Na próxima terça-feira, dia 3, temos mais uma rodada de negociações para debater as reivindicações sobre a Funcef, jornada e Sistema de Ponto Eletrônico. Esperamos mais seriedade do banco na próxima reunião.

Banco do Nordeste – Depois de dois dias de negociação, na sexta-feira (23) e segunda-feira (26), o Banco do Nordeste do Brasil não apresentou avanços significativos para os funcionários. Os sindicatos defenderam as reivindicações aprovadas no Congresso Nacional dos Funcionários do BNB e debateu especialmente saúde e previdência, segurança, condições de trabalho, emprego e remuneração.

O BNB apenas escutou a representação dos funcionários, não registrando avanços nas negociações. O banco apenas se posicionou sobre a questão da segurança ao apresentar um relatório onde mostra que está cumprindo as determinações legais. Mas existem falhas na segurança que o banco não está levando em consideração. Por isso solicitamos a instalação de uma mesa temática de segurança para debater o assunto.

Os dirigentes sindicais também reivindicaram mais contratações e o fim do processo de terceirização. Até 2016, o BNB está autorizado a ampliar seu quadro funcional para 7.150 trabalhadores. Porém, a representação dos bancários alertou que, diante da crescente demanda nas agências, esse número deveria subir para 10 mil ou 12 mil, no mínimo. Como resposta, a direção do BNB informou apenas que deve convocar em breve 20 engenheiros (civil e mecânico), além das convocações para compor o quadro de 7.150 funcionários até 2016.

Esperamos avanços na próxima rodada de negociações, que ainda não foi agendada. Principalmente nas reivindicações sobre a revisão do PCR. Na reunião de segunda-feira, o BNB afirmou que tem interesse em revisar o PCR e deve ampliar no número de níveis. Este é um ponto vital para os funcionários.

Fonte: Seeb-CGR com Seec PE

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