Nova tabela do Imposto de Renda já está em vigor
05/01/2009 - Por Bancários CGR
Com a virada do ano, entrou em vigor a nova tabela do IRPF-Imposto de Renda da Pessoa Física, que vai beneficiar cerca de 24 milhões de brasileiros, os quais terão menos descontos na folha de pagamento. A conquista é resultado da mobilização dos trabalhadores, que vem reivindicando essa correção há anos.
Pelas novas regras, as faixas salariais sobre as quais o tributo incide foram elevadas em 4,5%. Além disso, o governo criou duas alíquotas intermediárias que reduzirão a quantia retida na fonte.
O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, lembra da luta que os trabalhadores empreenderam para garantir as correções na tabela do Imposto de Renda. Segundo ele, a reivindicação é uma bandeira histórica da CUT. A luta foi intensificada a partir de mobilizações conjuntas de bancários e metalúrgicos e ganhou força no final de 2004, quando as centrais sindicais realizaram a 1ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, em Brasília.
De lá para cá, foram mais quatro marchas, que intensificaram a pressão pelas alterações na tabela. A primeira conquista foi ainda em 2004, quando o Governo Federal fez a primeira correção dos valores. Naquela época, após os últimos seis anos do governo FHC e os dois primeiros de Lula, o déficit na correção chegava a 63,42%, conta Marcolino.
O que muda Com a nova tabela do IR, a Receita Federal manteve o reajuste nas faixas sobre as quais o imposto incide, mas criou dois novos intervalos com alíquotas intermediárias. A parcela entre R$ 1.434,60 e R$ 2.866,70 foi desmembrada e passou a pagar 7,5%, na faixa entre R$ 1.434,60 e R$ 2.150. Para a parte do salário de R$ 2.150,01 e R$ 2.866,70, a tributação continuará em 15%. A faixa acima de R$ 2.866 também foi dividida. A parcela de R$ 2.866,71 a R$ 3.582 pagará 22,5% de Imposto de Renda. A maior alíquota, de 27,5%, incidirá apenas na parte do rendimento superior a R$ 3.582.
A desoneração que também incluiu a redução do IPI-Imposto sobre Produtos Industrializados para automóveis e do Imposto sobre IOF-Operações Financeiras no crédito a pessoas físicas injetará, segundo o Ministério da Fazenda, R$ 8,4 bilhões na economia. Somente com o novo regime do IR, o governo estima queda de R$ 4,9 bilhões na arrecadação federal em 2009. De acordo com a equipe econômica, a desoneração beneficiará principalmente a classe média.
Fonte: Seeb-SP