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Novos termos e os limites da saúde mental

25/11/2025

As nomenclaturas até ajudam a explicar as diferentes formas de desgaste, mas há uma coisa em comum. A culpa sempre recai em quem adoece, e não sobre as condições que causam o problema

A discussão sobre saúde mental até entrou no dia a dia das empresas, sobretudo após a NR-1 exigir gerenciamento dos riscos psicossociais. De tempos em tempos, surgem novos nomes. Burn in, rust out, quiet quitting, quiet cracking. Muitos rótulos, pouca responsabilidade dos empregadores. 

O burn in nasce da autocobrança e do perfeccionismo; o rust out, da perda de sentido. No fundo, ambos refletem uma mesma desconexão com o propósito. Entre eles, aparecem o quiet quitting, o movimento de dar limite às atividades laborais relativas ao cargo e evitar sobrecarga, e o quiet cracking, quando a pessoa está ali, mas já não está de verdade. 

As nomenclaturas até ajudam a explicar as diferentes formas de desgaste, mas há uma coisa em comum. A culpa sempre recai em quem adoece, e não sobre as condições que causam o problema. E é por isto que muita gente evita se afastar ou até mesmo expor o que está acontecendo com medo de julgamento. Sem segurança psicológica, falar de dificuldades é um risco.  

A NR-1 passa a valer mesmo em 2026, mas poucas empresas, de fato, estão preparadas. O foco ainda está nos sintomas individuais. A verdade é que as organizações precisam olhar “para dentro” e entender os ambientes tóxicos onde os trabalhadores estão inseridos.  

Metas inalcançáveis, controle excessivo e falta de reconhecimento distorcem o sentido do trabalho. Ambientes saudáveis recuperam utilidade, pertencimento e reconhecimento e, com isto, há melhora no desempenho. 

Fonte: Seeb-Bahia

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