Trabalhador que está começando a carreira tem salário inicial muito baixo, mas Fenaban oferece aumento ruim

Os bancos no Brasil colaboram muito para a desigualdade social. Cobram a taxa de juro mais alta do mundo, o que dificulta às empresas pequenas, por exemplo, a conseguir crédito para a produção.

Mas não é só isso. Entre seus quadros, as práticas adotadas pelas instituições financeiras incentivam, e muito, a desigualdade. Basta lembrar que os executivos do setor chegam a ganhar 400 vezes mais que o valor do piso da categoria, que está em R$ 1.250.

Por isso reivindicamos valorização para o piso, com reajuste maior, para começar a alterar esse quadro de desigualdade. Mas a proposta apresentada pela Fenaban prevê elevação para R$ 1.347,50, muito abaixo da reivindicação da categoria, que é o salário mínimo do Dieese, calculado em R$ 2.297,51 em junho.

América – Apesar de o Brasil responder por grande parte dos resultados das instituições financeiras na América Latina, o piso aqui (US$ 735,29) é menor que em países vizinhos como Argentina (US$ 1.432,21) e Uruguai (US$ 1.039). Também nesse quesito os bancos estão devendo aos trabalhadores no nosso país.

Piso Salarial Países do Mercosul
País	Piso
Brasil	US$ 735,29
Argentina	US$ 1.432,21
Uruguai	US$ 1.039,00

Nota: Valores de agosto de 2010