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Precarização da segurança coloca em risco integridade de bancários

23/08/2023

Novos modelos de unidades expõem bancários e clientes pela falta de segurança

Foto Divulgação

O novo modelo de “agências” adotado por alguns bancos vem aumentado a vulnerabilidade a que bancários, clientes e usuários destas instituições são submetidos pela falta de segurança. Isso porque as chamadas “unidades de negócios” ou “lojas”, estão sendo estruturadas sem portas de segurança e sem vigilantes. 

Esse tema é um debate antigo e contínuo do movimento sindical bancário, que vem se preocupando com a atual situação da categoria e da população em geral.

As instituições financeiras insistem em defender que a digitalização e virtualização do dinheiro reduziram as estatísticas de crimes, já que não haveria a circulação de numerário. Um discurso que não condiz com a prática. Tendo em vista que, nesses locais comumente há presença de caixas eletrônicos, que funcionam como cofres e armazenam dinheiro.

Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nessas novas unidades, por todo o país, há relatos do aumento de casos de furtos de pertences, agressões e assédio sofrido pelos funcionários e, em alguns casos, praticados por clientes. Cenário que revela uma vulnerabilidade significativa e que precisa ser revista e debatida tanto pelas instituições financeiras como pelas autoridades.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e região, Esdras Luciano, destaca que a Lei Federal de Segurança Bancária é muito antiga e está desatualizada e o projeto para atualizá-la (construído pelas confederações dos bancários e dos vigilantes) nunca foi pautado pelo Congresso. “Ao longo dos anos temos percebido um movimento meio que orquestrado dos Bancos para manipular ou se adaptar ao que prevê essa Lei, que é de 1983, e só dispõe de três itens de segurança, que sequer são especificados”, frisou. 

Ainda segundo Esdras, os Bancos vem se valendo dessa da falta de atualização da lei para criar esses novos modelos de unidades, que não são considerados agências, e dessa forma não ter a obrigatoriedade de equipar os locais com a segurança devida. “O movimento sindical considera uma irresponsabilidade dos Bancos, que infelizmente enxergam investimento em segurança como despesa, priorizando apenas o lucro. Ao invés de pensar nos itens de segurança para preservar a vida dos funcionários, clientes e usuários, os Bancos estão indo na contramão disso, o que tem demandado a nível nacional no aumento de casos de assaltos, saidinhas de banco, entre outros crimes”, destacou.

A segurança nas agências bancárias é fundamental não apenas para a proteção dos trabalhadores e clientes, mas também para a preservação da confiança nas instituições financeiras. Esperamos dos bancos uma reavaliação de suas políticas de segurança. Afinal, não se trata de uma opção, mas de negligenciar a responsabilidade de proteger a vida e o bem-estar daqueles que frequentam as agências. O momento de agir é agora, antes que as consequências se tornem irreparáveis.

Fonte: Seeb-CGR

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