Banco do Brasil Bancos

Presidente do Banco do Brasil pede demissão do cargo

27/07/2020 - Por Bancários CGR

Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pediu demissão ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite desta sexta-feira (24). A informação foi divulgada pela instituição financeira em fato relevante ao mercado. A saída será efetivada em agosto, em data a ser definida ainda.

“Em conformidade com o § 4º do art. 157 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com a Instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, o Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. Rubem de Freitas Novaes entregou ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de agosto, em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado, entendendo que a Companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”, diz trecho do comunicado.

Alinhado com  a política neoliberal da Pasta da Economia, Rubem Novaes sempre defendeu a privatização do Banco do Brasil por considerar uma desvantagem a instituição ser pública e ter que submeter decisões aos órgãos do governo. Também nunca escondeu os ataques ao funcionalismo ao dizer que existe uma trava para poder fazer demissões ou contratações. “Nossa política de RH é travada. Não pode demitir [um mau] funcionário com a mesma facilidade que o banco privado demite e assim por diante”, declarou durante audiência virtual a parlamentares em junho.

Na reunião interministerial de 22 de abril, que teve o vídeo tornado público por decisão do Supremo Tribunal Federal, Paulo Guedes disse que era preciso vender o Banco do Brasil, desqualificando a instituição.

Sob a gestão de Rubem Novaes, o Banco do Brasil também esteve envolvido em polêmica por conta da veiculação de anúncios relacionados à propaganda em sites, blogs, portais e redes sociais que publicavam informações falsas.

Fonte: Reconta Aí

Outras Notícias