Proposta de reajuste: 10% no salário; 14% para os vales

26/10/2015 - Por Bancários CGR

O índice de 10% valeria também para PLR e piso. Os 14% seriam para os vales refeição e alimentação. Prevê, ainda, entre 63% e 72% de anistia dos dias parados. Sindicato realiza assembleia na segunda-feira, às 18h, e Comando indica aprovação da proposta que é resultado da grande luta feita pelos bancários

A Fenaban procurou o Comando Nacional dos Bancários, que estava em plantão neste sábado (24), para apresentar uma proposta global de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso e o de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados na sexta-feira (23), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro. De acordo com a Fenaban, a proposta só é valida até segunda-feira. 

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam até mesmo a repor a inflação do período e tentaram reconstruir um modelo ultrapassado de abono salarial.

“Os banqueiros tentaram impor uma derrota a categoria, inicialmente com um reajuste abaixo da inflação. A greve reverteu essa tentativa. Depois, a Fenaban queria, para punir os grevistas, o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos. Foi uma surpreendente vitória da unidade e da determinação da nossa categoria. Sem a forte greve que fizemos não teria sido possível!”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando,  em meio a um cenário de crise econômica e aumento do desemprego, a luta dos trabalhadores conseguiu derrotar os banqueiros. “Esse resultado foi alcançado graças à pressão dos trabalhadores, que não podem ser punidos pelo seu direito à mobilização”, afirmou a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “A proposta apresentada representa mais um ano em que os bancários conseguirão garantir seu poder de compra. Estamos num ano de recessão, não crescimento, desemprego maior, com categorias fechando acordos até abaixo da inflação. Diante desse cenário, a luta dos bancários representa uma vitória contra os bancos que queriam impor perdas à categoria”, ressaltou a dirigente.

Em razão desta conquista, o Comando Nacional orienta os sindicatos a realizar assembleias na segunda-feira (26) e indica a aceitação da nova proposta, que garante aumento real de salário pelo décimo segundo ano consecutivo. Até lá, a greve continua.

Dias parados – Os bancos também tentaram fazer com que os trabalhadores pagassem ou compensassem todos os dias parados durante a greve. O Comando Nacional dos Bancários não aceitou e isso fez com que as negociações se arrastassem por toda a sexta. A rodada foi interrompida por volta de 23h30 e só no sábado à tarde os bancos cederam.

Assim, caso a proposta seja aceita, a negociação garantiu que não haverá desconto dos dias e com anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo, caso aprovado, será assinado) até 15 de dezembro. De acordo com a Fenaban, essa proposta só vale até as assembleias de segunda-feira 26.

Vitória da luta – “Esse resultado foi alcançado graças à pressão dos trabalhadores, que não podem ser punidos pelo seu direito à mobilização”, diz Juvandia Moreira. “A proposta apresentada representa mais um ano em que os bancários conseguirão garantir seu poder de compra. Estamos num ano com várias categorias fechando acordos com perda salarial. Diante desse cenário a luta dos bancários representa uma vitória contra os bancos que queriam impor um reajuste abaixo da inflação”, ressalta a dirigente.

Com esse índice, em 12 anos a categoria vai acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. “Em função disso, os bancos tentaram impor perdas à categoria e foram derrotados pela forte mobilização dos trabalhadores. Os bancários que lutaram estão de parabéns. Todo o resultado veio da força da nossa luta, da nossa resistência e de nossa unidade nacional”, reforça a presidenta do Sindicato. O Comando avalia que não haverá mais avanços por parte da Fenaban e recomenda a aceitação da proposta. “O risco de continuar a greve agora pode significar regredir em relação principalmente aos dias parados.”

Dias parados – Os bancos também tentaram fazer com que os trabalhadores pagassem ou compensassem todos os dias parados durante a greve. O Comando Nacional dos Bancários não aceitou e isso fez com que as negociações se arrastassem por toda a sexta. A rodada foi interrompida por volta de 23h30 e só no sábado à tarde os bancos cederam. - See more at: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=13018#sthash.XCpaldpJ.dpuf

Saúde – Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

Histórico

A entrega da minuta de reivindicações dos bancários aconteceu em 11 de agosto. A partir daí foram realizadas cinco rodadas de negociações. Em 19 de agosto, foi debatido emprego. Nos dias 2 e 3 os temas foram saúde, condições de trabalho e segurança. Em 9 de setembro, Igualdade de oportunidades. A rodada extra do dia 15 de setembro discutiu adoecimento da categoria. E, no dia 16 de setembro, remuneração.

No dia 25 de setembro, a Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00

Depois de 16 dias de greve, no dia 20 de outubro, a Fenaban apresentou uma nova proposta, de 7,5% de reajuste. No dia seguinte, o índice foi de 8,75%. Ambos foram recusados na mesa.

 

 

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb-SP

 

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