Os empregados do Banco do Estado do Pará realizam assembleia nesta sexta-feira (19), entre 16h e 20h, para decidir se aceitam ou rejeitam a proposta do banco de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A proposta mais esperada por todo o funcionalismo do Banpará, referente às cláusulas econômicas, veio na sexta rodada de negociação, nesta quarta-feira (17), com a confirmação de uma promoção excepcional, 20% de reajuste no anuênio, 10,9% no piso de ingresso (o que significa R$ 3 mil para o nível médio), 13% de reajuste no salário e demais verbas econômicas (como a comissão) não negociadas com outro percentual. Porém, se na mesa da Fenaban houver acordos mais favoráveis à categoria, porém, os mesmos serão aplicados pelo Banpará.
“Tudo indica que, mais uma vez, teremos o melhor Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em nível nacional, construído com empenho da categoria e muito debate entre as partes; diálogo com os colegas que nos apresentaram suas reivindicações, seja presencialmente ou pelo questionário lançado antes da Campanha Nacional. Portanto, nossa orientação é de aprovação da proposta”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
Promoção (PCCS)
O Banpará garantirá já na folha de pagamento de setembro uma promoção excepcional de nível no Plano de Cargos (5% de reajuste do salário-base), de acordo com os critérios do regulamento do plano (disponível na intranet do banco), como possuir dois anos de empresa até 31 de agosto de 2022.
Anuênio
A proposta é de 20% de reajuste no anuênio, que atualmente tem o valor de R$ 119,00 e aumentará para R$142,80.
Antecipação da PLR
O Banpará também garantiu em mesa que irá antecipar a PLR para o próximo sábado (20), caso o ACT seja aprovado pelo funcionalismo.
Piso salarial
O reajuste proposto pelo banco é de 10,90% sobre o valor atual, ou seja, o salário de ingresso passará de R$ 2.705 a R$ 3.000, gerando efeito cascata em toda a tabela do PCS. A este reajuste, será somado o índice de reajuste geral, que será de 13% ou índice Fenaban, o que for mais vantajoso.
“Hoje completou dois meses que apresentamos a pauta de reivindicações do funcionalismo ao banco. Houve seis mesas e, em cada uma delas, avanços significativos puderam ser conferidos. Nesta, o banco confirma a promoção, o reajuste, o anuênio, o tíquete, tudo em patamar bem razoável e que se traduz em valorização efetiva de cada colega do Banpará. O salário base do nível médio e do superior vai ter 10,9% de reajuste. Para o nível médio, significa um piso de ingresso de R$ 3.000. Defendo a proposta apresentada e que será votada dia 19, via sistema on-line, após live e reunião presencial. Sei que a categoria no Banpará aprovará este que, pelo jeito, será o melhor acordo do país, pela segunda vez. Fico muito feliz e muito honrada de ajudar nessa construção”, diz Vera Paoloni, vice-presidenta do Sindicato e funcionária do Banpará.
Banco de horas na pandemia
Para o banco de horas acumulado durante a pandemia, o Banpará apresentou uma nova contraproposta à apresentada na mesa passada, contemplando em parte o que foi solicitado: abatimento do banco atual de 80% das horas constantes no banco de horas negativo da covid-19 para todos os 219 empregados que ainda têm horas a compensar.
A proposta do banco prevê a prorrogação do prazo para compensação das horas negativas por mais um ano, sendo a nova data limite de 31 de agosto de 2023. A instituição também se compromete a negociar com as entidades sindicais a situação real de cada empregado enquadrado no banco de horas negativo, próximo ao fim do novo prazo, bem como a não realizar descontos antes de iniciar o debate sobre o tema em mesa específica.
Existe ainda outros pontos que irão compor a versão final do acordo, uma vez que a minuta que está sendo negociada na mesa da Fenaban, da qual o Banpará faz parte, há a previsão de diversos direitos nacionais da categoria e a contribuição negocial.
Fonte: Bancários PA