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Quase 42% dos bancários tomam remédio controlado

09/08/2023

As metas abusivas são as principais causadoras de doenças. Com elas, vêm a pressão por resultado a qualquer custo, as ameaças e o assédio moral. Não à toa o índice de bancários que tomam medicamento pulou de 35,5% em 2022, para 41,9% neste ano

Diante de tanta cobrança para bater metas abusivas, a saúde dos bancários tem sido prejudicada. Como resultado da pressão diária, o número de empregados que tomam medicamentos controlados aumentou nos últimos 12 meses, passando de 35,5% em 2022, para 41,9% neste ano. 

O cenário chama atenção. Para se ter ideia, a categoria representa 25% dos afastamentos acidentários pelo INSS por doenças mentais e comportamentais. A consulta nacional respondida por quase 20 mil bancários mostra um cenário preocupante e desafiador.

Entre os que responderam, 68% estão sempre preocupados com o trabalho, 61% têm cansaço e fadiga constante, 52% estão desmotivados e sem vontade de ir ao trabalho, 46% apresentam crises de ansiedade/pânico e 42% têm dificuldade em dormir, inclusive no fim de semana. 

Não para por aí e 29% têm crises constantes de dor de cabeça, 28% sofrem com dor ou formigamento nos ombros, braços ou mãos, 28% têm dores de estômago/gastrite nervos, 26% sentem vontade de chorar sem motivo aparente e 21% omitem dor ou doença para não se prejudicar.

Para 53,5% dos bancários, a definição de metas, levando em consideração o porte da unidade, a região, o número de empregados, a carteira de clientes, o perfil econômico é uma das medidas para que o ambiente de trabalho seja saudável, ético, cooperativo e respeitoso. 

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Entre os trabalhadores que responderam à consulta, 51,9% disseram se informar sobre as atividades sindicais e sobre a campanha nacional pelos sites das entidades, 43,4% via WhatsApp, 39,3% pelo jornal do sindicato e 22,7% pelo dirigente sindical. 

Sobre assuntos de interesse de toda a sociedade, como a reforma tributária, 85,4% aprovam ampliação da faixa de isenção do imposto de renda cobrada sobre a PLR, 78,5% aprovam isenção do IR para quem recebe salário de até R$ 5 mil, 74,2% são favoráveis à cobrança de imposto sobre grandes fortunas, para pessoas físicas com riqueza acima de R$ 10 milhões e 59,5% aprovam o fim da isenção de IR para lucros e dividendos pagos a acionistas de empresas. 
 

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