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Reestruturações prejudicam funcionários do Santander
27/07/2022 - Por Bancários CGR
O Sindicato percorreu às agências do Santander, em Campina Grande, nesta terça-feira (27/07), para dialogar os trabalhadores contra a extensão do horário de atendimento gerencial e também contra todo o processo de reestruturação promovido pelo banco, com a extinção dos cargos de gerentes de atendimento, demissões e terceirizações de diversos setores.
Várias atividades estão sendo realizadas em todo país desde a última terça-feira (26) e levou o banco a se abrir para o diálogo.
Com a onda de protestos, o banco entrou em contato com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e se comprometeu a fazer uma conversa presencial para tentar chegar a uma solução para o caso.
A reestruturação
Há anos, o Santander tem implantado reestruturação com demissões, falta de contratação de funcionários, terceirizações de setores inteiros e automatização de funções. Além disso, o banco espanhol extinguiu o cargo de gerente de atendimento, o que resultou em sobrecarga dos gerentes de negócios e serviços, e ainda ampliou o horário de atendimento gerencial das 9h às 17h.
Os protestos desta terça-feira (26/07) realizados pelos sindicatos em todo o país contra os desmandos da empresa surtiu efeito. O Santander entrou em contato com a COE (Comissão de Organização dos Empregados) se comprometendo conversar presencialmente para tentar chegar a uma solução.
O movimento sindical aponta que a ampliação do horário deve afetar mais as agências periféricas que atendem a um volume maior de clientes. Em muitos casos, o funcionamento pode ir até depois das 17h pela demora para solucionar boa parte dos problemas.
Digitalização
O Santander empurra a clientela para o atendimento digital e corta postos de trabalho que poderiam melhorar o atendimento. Em um ano, a carteira digital do banco cresceu 17% e houve alta de 8% de clientes tradicionais. A média de clientes por funcionário aumentou de 656 para 1.116, do primeiro trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2022. Nos cinco anos, houve alta de 166% no número de clientes e redução de 2,1% no número de bancários.
Veja a galeria de imagens da mobilização
Fonte: Seeb-CGR com Contraf-CUT