Prática ilegal é conhecida como presenteísmo. Em comunicado, banco orienta que atestados não sejam cadastrados no sistema do RH
Em um comunicado enviado para os trabalhadores no início de julho, o Santander incentiva que atestados médicos não sejam cadastrados no sistema interno de recursos humanos do banco, uma prática ilegal.
No texto, encaminhado pelo RH do Santander, há recomendações sobre como lidar com atestados e, ao final, uma indicação de que quem está trabalhando em regime de home office não cadastre atestados médicos no sistema.
“Esse comunicado tem de ser revisto e alterado, pois de forma alguma o trabalhador tem que estar à disposição do banco com atestado médico, mesmo que seja em home office. A orientação deve ser que, inclusive, ele cadastre o atestado no sistema, diferentemente do orientado pelo RH”, cobra o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e bancário do Santander Roberto Paulino. A entidade encaminhou um e-mail cobrando a mudança de postura do banco.
Paulino destaca que, ainda que o gestor tenha o poder de abonar as faltas, a prática é ilegal.
“O banco não permite que o trabalhador cadastre seu atestado de forma retroativa e, em caso de piora, ele terá de ir novamente ao médico e solicitar outro atestado. A orientação deve ser para que todos os que estejam em afastamento médico cumpram as orientações dos profissionais de saúde e que cadastrem seus atestados”, finaliza Paulino.
O dirigente lembra que os bancários que forem forçados a não cadastrar atestados médicos ou estiverem passando por cobranças abusivas devem procurar o Sindicato, que tem um canal de denúncias contra o assédio moral. As queixas, com garantia de anonimato, também podem ser feitas para WhatsApp do Sindicato (83)99856-0238.
Fonte: Seeb_CGR com Redação Bancários SP