Santander promete apresentar proposta para acordo no dia 6
30/10/2014 - Por Bancários CGR
Depois de muita pressão dos sindicatos, o Santander se comprometeu a apresentar um nova proposta, no próximo dia 6, para a renovação do acordo coletivo dos funcionários, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho. Esse foi o principal resultado da quarta rodada de negociação, ocorrida na manhã desta quinta-feira, dia 23, em São Paulo.
Durante a reunião, os bancários frisaram que a proposta feita na rodada anterior, no último dia 14, não trouxe nada de novo, limitando-se a fazer adequações em cinco cláusulas do aditivo vigente (leia mais aqui).
A dirigente sindical Tereza Souza, que representa os bancários do Nordeste nas negociações, destaca que o Santander lucrou quase R$ 3 bilhões nos primeiros seis meses deste ano e têm totais condições de atender as reivindicações dos funcionários.
“Os bancários merecem ser valorizados com um acordo que contemple nossas demandas. Queremos acabar com as demissões imotivadas no Santander, proteger o emprego e melhorar as condições de trabalho, de saúde e de previdência. São questões fundamentais para fecharmos um acordo”, diz Tereza.
Os dirigentes sindicais cobraram o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações e um centro de realocação para evitar dispensas em caso de fechamento de agências. “Deixamos claro que falta funcionários, a sobrecarga de trabalho é gritante e que as metas são abusivas. Esses problemas têm adoecido os bancários e esperamos respostas para melhorar a situação na próxima negociação”, destaca Tereza.
Entre outros pontos, os representantes dos bancários defenderam o fim das reuniões diárias para a cobrança de metas, fim das metas para a área operacional e a proibição de descontos de comissões por venda de produtos.
Outras reivindicações - Os dirigentes sindicais voltaram a insistir na ampliação das atuais 2.500 bolsas para a primeira graduação, hoje no valor de 50% da mensalidade e limitadas a R$ 442,80. Foi discutida também a melhoria da cláusula de igualdade de oportunidades, visando garantir que não haja discriminações de gênero, raça, idade, orientação sexual ou deficiência.
Os representantes dos trabalhadores defenderam também o atendimento das demais reivindicações da pauta específica, tais como a manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa; PLR para funcionários afastados por licença médica; isenção de tarifas e a redução das taxas de juros para funcionários e aposentados; auxílio moradia; auxílio academia para todos; licença remunerada à mulher vítima da violência; licença não remunerada para fins de estudo.
O banco ficou de apresentar uma proposta global na próxima rodada, agendada para o dia 6 de novembro, às 10h30, em São Paulo.
Fonte: Seec PE e Contraf_CUT