Santander recua e tira expressão que tratava dirigentes sindicais como vândalos
23/08/2011 - Por Bancários CGR
Após denúncia da Contraf-CUT, o Santander recuou e alterou o material  didático utilizado pelo banco espanhol em um treinamento que aplica a  seus funcionários via intranet em que tratava dirigentes sindicais como  vândalos.  A instituição retirou a expressão "manifestações sindicais"  dentre os atos de vandalismo. 
 
 A mudança foi uma das exigências da carta da Contraf-CUT, protocolada  junto ao banco, no último dia 12, pelo coordenador da Comissão de  Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá, durante a  reunião do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho. O fato havia  revoltado os dirigentes sindicais.
 
 Clique aqui para ler a íntegra da carta.
 
 Recuo
 
 Na versão anterior, ao apresentar "casos reais" de "vandalismo" no curso  de risco operacional, o banco espanhol defende a necessidade de  "reforçar a segurança e/ou colocar tapumes nas portas localizadas em  vias sujeitas a tumultos em dias de jogos, manifestações sindicais,  festas populares e outros".
 
 Na nova versão, após o protesto da Contraf-CUT, o banco alterou o texto.  "Neste caso, não existem controles, mas poderíamos reforçar a segurança  e/ou colocar tapumes nos pontos de vendas localizados em vias sujeitas a  tumultos em dias de jogos, distúrbio civil, festas populares e outros".  
 
 "Consideramos abominável o enquadramento pelo banco de manifestações  sindicais como atos de vandalismo. Para nós, trata-se de mais uma  prática antissindical do Santander, que não pode ser tolerada no banco,  na medida em que agride o movimento sindical e a luta dos trabalhadores  em defesa do atendimento de suas reivindicações", afirma o documento da  Contraf-CUT, assinado pelo presidente Carlos Cordeiro e pelo funcionário  do banco e secretário de imprensa, Ademir Wiederkehr.
 
 E a retratação?
 
 Na carta, a Contraf-CUT cobrou também "uma retratação junto às entidades  sindicais e aos funcionários do banco que já participaram desse  treinamento", o que ainda não ocorreu.
 
 "Esperamos que o banco também faça essa retratação. Os dirigentes  sindicais não são vândalos, mas sim representantes eleitos  democraticamente pelos trabalhadores para defenderem os seus interesses e  as suas reivindicações, merecendo um tratamento respeitoso e digno",  destaca Ademir.
 
 "Está na hora de o Santander respeitar o Brasil e os brasileiros", reitera Ademir. "Queremos emprego decente".
Fonte: Contraf-CUT
