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Santander segue precarizando funções e desrespeitando os trabalhadores
23/04/2025
Gerentes Van Gogh e PJ’s são obrigados a trabalhar externo e quando precisam ir à agência encontram dificuldade até para utilizar um birô

Desde janeiro de 2024, o Santander tem submetido seus gerentes Van Gogh e PJ’s a trabalharem exclusivamente de forma externa, revelando um cenário preocupante nas relações de trabalho.
O Banco retirou esses trabalhadores de dentro das agências para atender clientes fora submetendo-os a uma espécie de “home office forçado”. Situação que, tem obrigado esses bancários a utilizarem seus próprios equipamentos, sua internet, energia e toda estrutura física das suas casas sem qualquer assistência por parte da empresa.
Recentemente aqui em Campina Grande, o Sindicato recebeu denúncia no tocante a falta de estrutura disponibilizada para estes funcionários, quando precisam ir à agência. De acordo com os relatos, ao chegarem na unidade para resolverem pendências administrativas como assinaturas, impressões ou qualquer outra atividade ainda “permitida” pelo banco, os trabalhadores estão enfrentando dificuldades para utilização de equipamentos e do espaço físico.
O sentimento predominante entre eles é de invisibilidade e desprezo por parte do Santander, que parece ignorar as condições básicas para o exercício da função.
Diante das denúncias, o Sindicato procurou a área de Relações Sindicais do banco e conversou também com o gestor da agência Marquês do Herval. O gestor informou que "nunca houve problema" na unidade e demostrou desconhecer os relatos dos próprios funcionários.
Já a instituição financeira justificou que o setor bancário está passando por um processo de reconfiguração devido a mudança do perfil dos clientes e dos meios de pagamento. E que o objetivo do Santander é ser, nos próximos 10 anos, o banco de preferência dos seus clientes. Um discurso que esconde a realidade dura enfrentada por seus empregados.
Andrezza Leite, diretora do Sindicato e uma das representantes da COE Santander, informou que todas essas mudanças de alto impacto para os trabalhadores já estão sendo levadas as mesas de negociações com o banco. “Queremos respeito e valorização dos trabalhadores. O banco não pode se projetar para o futuro desrespeitando quem constrói seu presente”, destacou, enfatizando ainda que com lucros que só crescem, não há justificativa para o Santander não respeitar os trabalhadores brasileiros.
Fonte: Seeb_CGR