Santander trata dirigentes sindicais como vândalos e Contraf-CUT quer retratação
15/08/2011 - Por Bancários CGR
Era só o que faltava. Agora o Santander trata dirigentes sindicais como  vândalos. É o que se pode compreender da leitura do material didático  utilizado pelo banco em um treinamento que aplica a seus funcionários  via intranet. 
 
 Ao apresentar "casos reais" de "vandalismo" no curso de risco  operacional, o banco espanhol defende a necessidade de "reforçar a  segurança e/ou colocar tapumes nas portas localizadas em vias sujeitas a  tumultos em dias de jogos, manifestações sindicais, festas populares e  outros."
 
 O fato revoltou os dirigentes sindicais. 
 
 Indignada, a Contraf-CUT encaminhou nesta sexta-feira, dia 12, uma  carta, que foi protocolada junto ao banco pelo coordenador da Comissão  de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá, durante a  reunião do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho.
 
 Clique aqui para ler a íntegra da carta.
 
 "Consideramos abominável o enquadramento pelo banco de manifestações  sindicais como atos de vandalismo. Para nós, trata-se de mais uma  prática antissindical do Santander, que não pode ser tolerada no banco,  na medida em que agride o movimento sindical e a luta dos trabalhadores  em defesa do atendimento de suas reivindicações", afirma o documento da  Contraf-CUT, assinado pelo presidente Carlos Cordeiro e pelo funcionário  do banco e secretário de imprensa, Ademir Wiederkehr.
 
 "Vimos solicitar a retirada imediata do ataque às manifestações  sindicais do curso de risco operacional e efetuar uma retratação junto  às entidades sindicais e aos funcionários do banco que já participaram  desse treinamento", reivindica a Contraf-CUT.
 
 Os representantes do banco que receberam a carta alegaram que  desconheciam o assunto e ficaram de verificar. "Está na hora de o  Santander respeitar o Brasil e os brasileiros", reitera Ademir.  "Queremos emprego decente".
Fonte: Contraf-CUT
