Sem avanço nas negociações, Sindicatos esquentam mobilização dos bancários do BB

02/03/2012 - Por Bancários CGR

Os Sindicatos vão esquentar a mobilização dos bancários do Banco do Brasil para pressionar a empresa e garantir o atendimento da pauta de reivindicações específicas do funcionalismo. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, dia 1º de março, após a retomada das negociações permanentes com a direção do BB.

Segundo o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, a falta de vontade do Banco do Brasil em negociar as reivindicações dos funcionários ficou clara nesta reunião. “Não houve qualquer avanço nas negociações. Por isso, vamos mobilizar os bancários e, já no dia 7 de março, realizaremos um dia nacional de luta com atividades em todo o Brasil. Sem pressão, não vamos conseguir o atendimento de nossas reivindicações”, explica Fabiano.

Entre os temas discutidos na negociação desta quinta-feira está o cumprimento da jornada de 6 horas. Os representantes da instituição financeira afirmaram que não havia qualquer posição do banco em relação à jornada, quebrando um compromisso firmado com os sindicatos.

“O BB havia se comprometido a apresentar uma proposta que resolvesse o problema da jornada. Mas os representantes do banco compareceram à negociação sem qualquer informação, embora o movimento sindical saiba que a direção do BB possui um estudo sobre o assunto”, conta Fabiano, lembrando que o banco se negou a discutir a jornada de 6 horas durante a Campanha Nacional do ano passado, afirmando que daria uma solução rapidamente para o tema.

Saúde - Durante a reunião, os dirigentes sindicais formalizaram a exigência para que, na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência (Cassi), a direção do Banco do Brasil se posicione oficialmente em relação ao cumprimento da Resolução 254 da Agência Nacional de Saúde (ANS). Pela norma, os planos de saúde que não aceitarem se adaptar poderão continuar a existir, mas não poderão mais aceitar nenhum novo associado a partir de 4/8/2012, conforme prevê o artigo 27 da resolução. O banco ficou de se pronunciar posteriormente sobre o assunto.

PSO – Outro assunto debatido nas negociações foi a implantação do projeto de PSO (Plataforma de Suporte Operacional). O representante da Dinop informou que o projeto vai ser implantado em 89 municípios, com mais de cinco agências, num total de 101 plataformas, abrangendo mais de 1.500 agências. A previsão é de que todo o processo de implantação termine em julho, sendo que em março o projeto será concluído nos municípios abrangidos pelo projeto-piloto. Fruto dessa implantação, serão criadas, segundo o banco, 393 novas oportunidades de comissionamento na rede.

Logo após a apresentação, foi feito um debate sobre os pontos relacionados a direitos do trabalhador e condições de trabalho. O movimento sindical manifestou suas preocupações com mais esta reestruturação no processo produtivo do banco, que causa apreensão nos funcionários realocados para o setor. As principais preocupações estão relacionadas à dotação e nomeação dos caixas executivos e dos gerentes de serviços, ao processo de avaliação de desempenho a distância, ao eventual rodízio ou à flutuação entre as dependências, às substituições/desvios de função, ao sistema de monitoramento da fila (GAT) e à representação sindical nos locais de trabalho, entre outras.

O movimento sindical denunciou que alguns locais estão descumprindo o previsto no projeto, em especial no que diz respeito à utilização de cartão nível 3 por todos os caixas e ao não pagamento de horas extras, e reivindicou que, para tornar mais atrativo para os funcionários o encarreiramento nessas plataformas, são indispensáveis a valorização salarial dos gerentes de serviços e o reconhecimento do caixa executivo como comissionado com VR compatível com outros bancos públicos.

As discussões sobre o assunto serão retomadas nas próximas negociações. Ainda estão previstas mais duas reuniões da mesa permanente para o mês de março.

Fonte: Seec PE, com informações do Seeb SP e Seeb DF

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