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Sindicato mobiliza funcionários do Itaú contra demissões e adoecimento no ambiente de trabalho

29/10/2024

É inadmissível que, ao completar-se um século, o principal banco privado do país, que registrou um lucro próximo a R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2022, ainda prejudique a saúde dos trabalhadores.

Em Dia Nacional de Luta no Itaú, o Sindicato percorreu as agências do banco, em Campina Grande, nesta terça-feira (29/10), mobilizando a categoria, em protesto por ambiente de trabalho seguro e digno para todos.

Este ano, o Itaú comemora 100 anos, mas esconde a exploração e o adoecimento dos seus funcionários. São cada vez maiores as denúncias de pressão por metas, sobrecarga e adoecimento da categoria, de um dos bancos mais lucrativos do país.

O banco, que investe em marketing pesado no seu aniversário, esconde as demissões causadas pela extinção de agências físicas, terceirizações e cobranças abusivas de metas, levando o medo do desemprego e o adoecimento cada vez maior dos seus empregados.

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A realidade das demissões e adoecimento

Nos últimos doze meses, o Itaú fechou 1.785 postos de trabalho e 175 agências, intensificando a carga de trabalho para aqueles que permanecem no banco. A prática de terceirização já afeta 3.500 trabalhadores no estado de São Paulo, agravando a precarização das condições de trabalho e o adoecimento dos bancários. Demissões por justa causa se tornaram frequentes, baseadas em motivos que muitas vezes desconsideram o contexto dos trabalhadores, como nos casos de advertências aplicadas a funcionários com a prova de Certificação Profissional Anbima (CPA) marcada.

Além das demissões, a sobrecarga e o ambiente tóxico fazem com que o assédio moral e o adoecimento sejam problemas comuns entre os bancários. Casos de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho no Itaú já representam 90% dos atendimentos dos sindicatos. Em vez de apoio, muitos trabalhadores recebem telegramas de abandono de emprego quando adoecem, uma atitude que reflete o desrespeito do banco em relação à saúde dos seus funcionários.

A COE do Itaú e os sindicatos orientam os bancários a buscarem orientação antes de aceitar qualquer indenização em troca de sua estabilidade no emprego. Como alerta Maria Izabel, outra coordenadora da COE Itaú: "Sua saúde é muito importante. Não renuncie aos seus direitos em troca de uma indenização, especialmente porque foi o banco que causou seu adoecimento. Procure o sindicato para entender seus direitos e se proteger. Não aceite dinheiro em troca da sua saúde! Afinal, ela vale mais do que qualquer proposta desonesta que o banco possa oferecer."

Por um ambiente de trabalho digno e saudável

A campanha lançada hoje busca unir os bancários e sensibilizar a sociedade para o desrespeito com o qual o banco tem tratado seus funcionários. A luta segue por condições de trabalho mais dignas, pelo fim das práticas abusivas e pela valorização dos profissionais que, diariamente, fazem o banco prosperar.

Fonte: Seeb_CGR com Contraf-CUT

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