Sindicato presta homenagem às bancárias no Dia Internacional da Mulher

06/03/2012 - Por Bancários CGR

altNo Dia Internacional da Mulher, o Sindicato presta uma homenagem às bancárias com a distribuição de bombons nas agências e departamentos dos bancos.  O Sindicato também produziu um jornal especial para marcar a data, comemorada nesta quinta-feira, dia 8 de março.

Dentro das comemorações do Dia Internacional da Mulher o Sindicato também realizará um luau voz e violão ao som de Roberta Silva. A festa será nesta sexta-feira, 9, a partir das 21h, no clube dos bancários.

O Dia Internacional da Mulher nasceu no início do século passado da luta pela igualdade de direitos entre os sexos. Mas, para além das lembrancinhas e dos parabéns, a data também é motivo de uma intensa reflexão.

Apesar de todos os avanços conquistados pelas mulheres nas últimas décadas, a desigualdade entre os sexos ainda é muito grande. Nos últimos 80 anos as mulheres conquistaram o mercado de trabalho, o direito ao voto e hoje temos até uma mulher na presidência do país. Claro que ainda falta o principal, garantir de fato o fim das discriminações contra as mulheres.

Os próprios bancos tratam de maneira diferente suas profissionais. A bancária ganha menos que os homens e encontra muito mais dificuldades para fazer carreira, mesmo estando mais preparada. Apesar disso o movimento de resistência contra a discriminação tem ganhado força e o Sindicato é uma das bases desta luta pela igualdade de oportunidades.

A desigualdade nos bancos - Segundo pesquisa inédita feita pela subseção do Dieese na Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), as mulheres que trabalham nos bancos têm mais anos de estudo e atendem mais clientes que os homens. Porém, o salário da bancária é menor que o dos bancários, as chances dela ser promovida é bem menor e ela ainda é o alvo principal das demissões.

O levantamento mostra que as mulheres ocupam 48,48% do total de postos de trabalho nos bancos, totalizando 234.203 trabalhadoras. As bancárias têm maior escolarização do que os homens: 71,67% delas têm curso superior completo, contra 66,52% dos trabalhadores do sexo masculino. Apesar de mais escolarizadas, as mulheres ganham em média 24,10% a menos que os homens. Nos bancos privados, a disparidade de salários entre mulheres e homens é maior: elas ganham 29,92% a menos.

E quanto mais alto o nível de estudo, pior é a discriminação. As diferenças salariais entre homens e mulheres com doutorado chegam a 53,25% - enquanto, o salário médio de um homem com doutorado é de R$ 12.595,93 e o de uma bancária com o mesmo grau de instrução é de R$ 5.889,10.

A perspectiva de carreira das bancária também é menor, segundo a pesquisa. Enquanto as mulheres são maioria nas faixas de idade entre 17 e 39 anos, elas tornam-se minoria partir dos 40 anos. Os dados revelam que os homens chegaram ao final de três décadas ocupando cerca de 17 mil vagas, quase o triplo dos 6 mil postos de trabalho das mulheres com mesmo tempo de casa.

A discriminação em relação à mulher negra é ainda maior, pois ela sequer tem acesso ao emprego na mesma proporção que outros setores. Nos bancos, apenas 8 em cada grupo de 100 trabalhadoras são negras, de acordo com Mapa da Diversidade de 2009.

Esses e tantos outros são os desafios que tentam ser superados a cada dia pelo "sexo forte". Parabéns mulheres, parabéns bancárias! Vocês nos orgulham sempre mais.

Fonte: Seeb-CGR

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