O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou nesta sexta-feira 17 um novo programa de demissão voluntária (PDV) no banco. A meta dessa vez é reduzir até 3,5 mil postos de trabalho. A estimativa da instituição é de uma economia de R$ 716 milhões por ano, caso o número máximo de desligamentos seja atingido.
A Caixa tinha 85 mil funcionários no final de 2018. Segundo dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), no ano passado houve uma redução de 2.728 funcionários no quadro de pessoal do banco.
“O desmonte da Caixa, que começou com o governo Temer, acentua-se sob o governo Bolsonaro. O Sindicato está diariamente nas ruas lutando contra o sucateamento do banco, que é fundamental para o desenvolvimento do país. Os empregados da Caixa estão sofrendo com esse desmonte, estão sobrecarregados, adoecendo com metas abusivas, descomissionamentos arbitrários e assédio moral. A Caixa deve contratar ao invés de cortar mais postos de trabalho, o que piora as condições de trabalho dos bancários e precariza o atendimento à população”, critica o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis.
“A Caixa tinha 101 mil empregados em 2014 e já cobrávamos mais empregados. Hoje o corte de postos de trabalhos mostra o plano de redução do banco público em uma sabotagem ao desenvolvimento do país”, acrescenta Dionísio.
Ao mesmo tempo que anunciou o novo PDV, o presidente do banco afirmou que a instituição vai chamar aprovados no concurso de 2014, mas não estimou quantos seriam chamados. Segundo a Reuters, a expectativa é que 25% desse público seja composto por pessoas portadoras de deficiência física.
O prazo para adesão ao PDV começa na segunda-feira 20 e vai até o começo de junho. E o público alvo, segundo o banco, são 28 mil funcionários que trabalham na matriz e em escritórios regionais da Caixa.
Fonte: SPbancarios