O Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região repudia as constantes demissões que estão ocorrendo no Bradesco. Mesmo com quase R$ 20 bilhões de lucro em 2024, o banco continua com os desligamentos em todo o país.

Na base do Seeb-CGR, composta por Campina Grande e outros 17 municípios, são pelo menos 7 demissões desde o início do ano. Do final do ano passado pra cá, já foram mais de 50 em todo o estado. A estimativa do sindicato é que a nível estadual, somente este ano, esse número seja bem maior, pois não temos como contabilizar as demissões ocorridas em outros municípios do Estado que estão fora da nossa base de atuação sindical.

“O Bradesco tem um terço do lucro dos maiores bancos e, ao mesmo tempo, está demitindo, fechando agências e postos de atendimento. O bancário fica sem emprego e a população sem atendimento. O cliente é direcionado para correspondentes bancários e plataformas digitais”, afirma o presidente do Sindicato, Esdras, que é bancário do Bradesco.

Menos emprego e menos agências

A holding Bradesco encerrou 2024 com 84.022 funcionários (sendo 72.642 do Banco Bradesco), com fechamento de 2.200 postos de trabalho em doze meses. A base de clientes cresceu em 3,2 milhões em relação a dezembro de 2023, totalizando 109,1 milhões.

Além de reduzir o número de funcionários, o banco também reduziu sua estrutura física. Em 2024 foram fechadas 390 agências, 903 postos de atendimento e 92 unidades de negócios em doze meses.

É um desrespeito com os bancários, além das demissões, tem diversos funcionário com problema de saúde. Os que quem permanece na agência, ficam sobrecarregados, porque as metas são as mesmas, mas o número de funcionários é cada vez menor.

O Sindicato já solicitou ao representante do Nordeste na Comissão de Organização dos Empregados – COE, que leve o tema a comissão e que se faça um levantamento das demissões em nível nacional para buscar ações coordenadas e efetivas para barrar esse processo.

Fonte: Seeb_CGR