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Sindicato se posiciona contra reabertura do comércio em Campina Grande
03/04/2020 - Por Bancários CGR
Durante vídeo conferência nesta sexta-feira (3/04), prevaleceu o bom senso entre as autoridades, e comércio seguirá fechado até o dia 13 de abril
O Sindicato participou na manhã desta sexta-feira (3/04), da reunião que decidiu pela permanência do comércio fechado em Campina Grande pelo menos até o dia 13 de abril. Após mais de 2 horas de debate prevaleceu o bom senso, diante dos dados apresentados pelos especialistas da área de saúde e a manutenção da decisão em manter as portas fechadas, protegendo a vida dos trabalhadores.
Participaram da reunião online, além do presidente do Sindicato, Esdras Luciano; o presidente do SINTAB, Giovanni Freire; o presidente da Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), Marcos Procópio; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Artur Almeida; o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil e Imobiliário (Sinduscon), Helder Campos; Érico Feitosa, do Sindicato de Habitação (Secovi); Renato Lago, diretor da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) e o presidente do Sindicato dos Comerciários, José do Nascimento Coelho.
A promotora Adriana Amorim representou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e os procuradores Raulino Maracajá e Marcela Asfora, participaram representando o Ministério Público do Trabalho (MPT-PB). Já o Ministério Público Federal (MPF) foi representado pela procuradora Acácia Soares.
Participaram representando a prefeitura, além do prefeito Romero, os secretários Filipe Reul (Saúde); Tovar Correia Lima (Planejamento); Rosália Lucas (Desenvolvimento Econômico); Rivaldo Rodrigues (Procon); além dos adjuntos Raymundo Asfora Neto (Saúde); Felipe Gadelha (Finanças) e do superintendente Félix Araújo Neto (STTP).
Além do infectologista Rodolpho Dantas, que mais uma vez, com dados científicos, frisou a importância de não flexibilizar as medidas de prevenção neste momento.
Na ocasião, foi retratado os números aqui no Estado, no Brasil e no Mundo. E os especialistas foram unanimes em advertir que o período crítico da pandemia, se dará entre a segunda quinzena de abril e a primeira quinzena de maio.
Para o presidente do Sindicato, Esdras Luciano, não há sentido reabrir as lojas e colocar em risco a vida dos trabalhadores. “O momento agora é de priorizar vidas e não lucros, e seguir à risca as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e autoridades sanitárias”, frisou.
Durante a reunião, Esdras relatou que no seguimento bancário, as instituições, por prestarem um serviço considerado essencial, permanecem funcionando, mas com restrições. “Em negociação nacional com a Fenaban conseguimos que mais de 50% da categoria ficasse trabalhando em casa, via home office, incluindo os trabalhadores do chamado grupo de risco”, destacou.
Aglomerações nas agências - Esdras também destacou que, as aglomerações nas portas das agências se dá exatamente por estarmos em um período de pagamento do INSS, que se iniciou no dia 25 de março e se estenderá até a próxima terça-feira, 07/04. “Sabíamos que esta aglomeração iria acontecer e advertimos previamente as autoridades sobre este problema”, disse.
Pagamento dos trabalhadores informais – Também foi alertado as autoridades municipais e estaduais em relação a outro grande fluxo de pessoas, que irão lotar as agências da Caixa Econômica Federal, com o início do pagamento da ajuda aos trabalhadores informais, previsto para iniciar no dia 10/04. “A aglomeração e consequentemente risco de proliferação do vírus será muito grande”, avaliou Esdras.
O movimento sindical entende que somente o isolamento social horizontal poderá impedir o avanço da doença. Diante de toda calamidade que o mundo está vivendo, manter o comércio fechado foi uma decisão acertada e uma grande vitória para os trabalhadores, que continuarão protegidos em suas casas.
Uma próxima reunião ficou agendada para o dia 11 de abril, para reavaliar o cenário.
Fonte: Seeb_CGR