A campanha nacional dos bancários deixa uma importante lição aos trabalhadores brasileiros. Com o avanço do ultraliberalismo que tem, como uma das prioridades, o corte de direitos, é fundamental estar ao lado dos sindicatos. Somente entidades fortes podem sentar à mesa de negociação e garantir a preservação das conquistas.

No caso dos bancários, que negociam com o setor mais poderoso e lucrativo da economia nacional – em 2021, ano mais difícil da crise sanitária, o balanço dos bancos passou de R$ 130 bilhões -, graças à campanha feita pelo movimento sindical nas redes sociais, nas agências, e nas mesas de negociação, a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e os acordos específicos foram mantidos.

A campanha nacional deixa ainda outros recados. É extremamente difícil negociar em pé de igualdade em um cenário adverso, com um governo que trabalha para atender exclusivamente aos interesses do grande capital. É o caso do atual governo. Daí a importância também da filiação e do engajamento coletivo.

Vale ressaltar que os países com maiores índices de trabalhadores sindicalizados estão entre alguns dos que apresentam o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no mundo, como Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda. 

Fôlego na economia
A luta coletiva dos bancários ajuda, inclusive, a economia nacional, em grave crise desde o golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016. Para se ter ideia, até agosto de 2024 devem ser injetados R$ 14,2 bilhões no mercado interno. O valor inclui reajuste salarial, vales alimentação e refeição, abono e Participação nos Lucros e Resultados.