Sua luta é nossa luta: empregados da CAIXA estão mobilizados na Campanha Nacional
06/08/2024
Empregadas e empregados da Caixa convivem com sobrecarga de trabalho, constantes falhas nos sistemas, descomissionamentos arbitrários, cobrança abusiva de metas e tantos outros problemas que afetam o dia a dia de trabalho no banco
Na CAIXA, as empregadas e empregados convivem com sobrecarga de trabalho, constantes problemas nos sistemas, descomissionamentos arbitrários, cobrança abusiva de metas, desigualdade e tantos outros problemas que afetam o dia a dia e, consequentemente, a saúde dos trabalhadores. Mas, em mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, os bancos negaram que o adoecimento da categoria é uma consequência da cobrança abusiva de metas e do assédio moral.
“Precisamos estar atentos e mobilizados para manter nossos direitos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e também no Acordo Coletivo específico das empregadas e empregados da Caixa, além de avançar no combate de práticas de gestão que levam ao adoecimento e perpetuam a desigualdade de oportunidades, seja devido a cor da pele, condição física, gênero, ou orientação sexual das empregadas e empregados”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Rafael de Castro.
Funcef
“O banco quer impor uma proposta para o equacionamento de déficits que diminui os benefícios dos participantes do Reg/Replan Saldado. E este movimento também ameaça os demais planos administrados pela Funcef”, ressaltou a diretora do Sindicato e da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Nesta proposta, sequer se fala sobre a CAIXA assumir a responsabilidade pelo contencioso de ações judiciais decorrentes de erros cometidos pelo banco no pagamento de seus empregados, cujos valores são colocados para a Funcef pagar. Mas, se a Funcef paga, na verdade quem paga somos nós, que somos donos do dinheiro da Funcef. Sem responsabilizar a CAIXA pelo contencioso, a dívida que é do banco é jogada para os empregados pagarem”, continuou.
A Contraf-CUT e a Fenae, respeitando o interesse dos participantes, não aceitaram nem discutir a proposta que impõe perdas aos trabalhadores e exigem que uma nova proposta seja debatida.
Saúde Caixa
Ao falar sobre o teto de gastos da CAIXA com a saúde dos empregados, o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, lembrou que ele impede que o banco arque com os 70% dos custos de manutenção do Saúde Caixa. "O teto de gastos da CAIXA com a saúde de seus empregados foi incluído no estatuto do banco, em 2017, após o Banco Central exigir que, a partir de 2016, todas as instituições financeiras cumprissem o pronunciamento 33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC33)”, explicou. Mas ele lembra que a exigência era apenas para as empresas que possuem capital aberto, com ações na Bolsa de Valores, e, por isso, a CAIXA não tinha a obrigatoriedade de segui-la.
Soluções para estes pontos, assim como o fim das designações de funções por minuto, com a volta das designações efetivas, e para os diversos problemas que afetam o trabalho das PcD, e outros pontos, estão sendo cobradas nas negociações específicas com a CAIXA. “Nossa mobilização já conquistou a volta das estruturas regionais (Gipes e Repes), que haviam sido desativadas em 2021. Elas podem ajudar a agilizar soluções de questões locais”, disse Rafael.
Fonte: Seeb-CGR com Contraf-CUT