No próximo dia 23, o Sindicato participa da última reunião de avaliação do Projeto-piloto de Segurança Bancária. Estarão presentes representantes do Comando Nacional dos Bancários, do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O projeto-piloto está sendo executado desde agosto de 2013 nas agências do Recife, de Olinda e de Jaboatão dos Guararapes. A reunião será às 15 horas, em São Paulo.

O projeto-piloto foi assinado em maio de 2013 por representantes dos trabalhadores e pela Febraban. Por meio do documento, a entidade patronal se comprometeu a garantir, a partir de agosto de 2013, vários itens de segurança em todas as agências das três cidades pernambucanas em que projeto seria executado. Os itens de segurança exigidos foram os seguintes: porta giratória com detector de metais, câmeras internas e externas, biombos em frente aos caixas, guarda-volumes, vigilantes armados e com coletes a prova de balas, e cofre com dispositivo de retardo.

A implantação do projeto-piloto em 209 agências pernambucanas é resultado de muitos anos de reivindicações do Sindicato de Pernambuco e de outras entidades da categoria em todo país. O balanço da execução do projeto é positivo: houve uma redução de 34% dos casos de assaltos nas agências que participaram do projeto, entre agosto de 2013 e maio de 2014.

A extensão dos itens de segurança para todas as agências e postos de atendimento bancários consta da pauta de reivindicações da Campanha Nacional de 2014. O secretário de Formação do Sindicato e representante do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, João Rufino, ressalta que além dos itens de segurança que integram o projeto-piloto, os bancários têm outras reivindicações. “Os vidros blindados nas fachadas das agências são essenciais para evitar assaltos. Dos cinco assaltos realizados na Região Metropolitana do Recife este ano, quatro foram com utilização da marreta para quebrar os vidros”, explica o diretor.

Outros itens fundamentais para a segurança dos trabalhadores e clientes das agências são a instalação da porta giratória, com detectores de metais, antes da área dos caixas eletrônicos; e a isenção das tarifas de transferências entre bancos (conhecidas como DOCs – Documentos de Ordem de Crédito – e TEDs – Transferências Eletrônicas Disponíveis), para evitar os crimes conhecidos como saidinhas de banco. “Como o valor dessas transações é elevado (R$ 15), muitos clientes optam por retirar o dinheiro em espécie de uma agência e depositar em outra”, explica Rufino.