Bancários aprovam a criação da Fetraf/NE

30/05/2011 - Por Bancários CGR

Os bancários de Campina Grande e Região aprovaram nesta sexta-feira, dia 27, por unanimidade, a criação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetraf-NE). Em assembleia realizada na sede do Sindicato, os trabalhadores aprovaram três pontos que estavam em pauta: a participação do Sindicato no Conselho de Fundadores da Federação; a escolha de representantes de Pernambuco no Conselho; e a aprovação da filiação do Sindicato à Fetraf/NE.

Esse foi um grande passo dos bancários para unificar a luta com todos os trabalhadores do ramo financeiro. Nas últimas décadas, os bancos segmentaram seus trabalhadores, criando diversas categorias, como os financiários, promotores de vendas, securitários, especialistas em tecnologia da informação, entre outras. Esta divisão enfraquece a luta dos bancários e deixa grande parte dos funcionários de fora da nossa categoria, com direitos e salários menores. Com a criação da Fetraf, vamos unificar a luta entre os trabalhadores do ramo financeiro para que todas as pessoas que prestam serviço para os bancos possam ter as mesmas conquistas.

A criação da Fetraf/NE é a última etapa da adaptação do movimento sindical bancário visando representar todos os trabalhadores do ramo financeiro. A mudança estrutural começou em janeiro de 2006, com a criação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT). Agora, os trabalhadores do sistema financeiro do Nordeste se uniram para fundar uma nova federação, a Fetraf/NE, que passa a ser a nossa segunda instância de representação.

Um pouco de história – Nos anos de 1980, a categoria bancária era formada por mais de 1 milhão de trabalhadores no Brasil. Hoje, o número de bancários gira em torno dos 465 mil, por conta da segmentação que os bancos fizeram no seu quadro de funcionários, criando diversas categorias. Todos esses trabalhadores, embora continuem prestando serviço para os bancos, ficaram à margem da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários.

Com muito menos direitos, esses empregados ficaram sem representatividade sindical e, separados, não só perdem o poder de pressão contra os bancos, mas também enfraquecem a categoria bancária, que acabou reduzida pela metade.

Fonte: Seeb-CGR

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