Banco do Brasil e Mapfre formam 2ª maior seguradora do país
06/07/2011 - Por Bancários CGR
O Banco do Brasil e a seguradora espanhola Mapfre começaram nesta semana  a operar de forma conjunta, um ano após o anúncio de associação. O  grupo nasce como o segundo maior segurador do Brasil, com faturamento  anual de R$8,6 bilhões, atrás apenas - e ainda muito distante - do  Bradesco, que faturou R$13 bilhões no ano passado. 
 
 A associação não prevê atuação em alguns segmentos de mercado, como  saúde, capitalização e previdência, que BB e Mapfre continuarão a  explorar de forma isolada.
 
 Nos últimos anos, as duas empresas vinham disputando individualmente a  terceira e quarta posições. A parceria tem duração de 20 anos, com  possibilidade de renovação. Como primeira iniciativa, a nova empresa  anunciou ontem a contratação de mil novos funcionários. Com esse  reforço, passará a ter 4.500 funcionários, 17 mil pontos de venda e 25  milhões de clientes.
 
 Roberto Barroso, que assumiu a presidência da Vida e Rural (uma das duas  holdings criadas a partir da associação), disse que o grupo vai atuar  fortemente em seguros de grande risco, aproveitando as obras de  infraestrutura da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país. Para tanto, o  grupo já está à procura de um parceiro estrangeiro nessa área.
 
 Com a associação, somos o primeiro em seguros de pessoas, o segundo em  automóveis e também em seguros gerais. Somos também o primeiro em seguro  agrícola. Quando separados, éramos o maior apenas em seguro agrícola.  No resto, estávamos em terceiro ou quarto lugar - disse Barroso.
 
 Segundo o executivo, a estratégia de crescimento passa pelo aumento das  vendas de seguros nas agências bancárias e nas corretoras. A ideia é  crescer acima da média de mercado, que tem projeção de expansão de 13%  para este ano.
 
 Campanha de vendas com foco na classe C
 
 A empresa prepara uma forte campanha de vendas junto a consumidores da  nova classe C. Barroso disse que o objetivo é vender mais seguro para  esse consumidor, que representa hoje 50% da força produtiva no Brasil.  Produtos específicos para esse público estão sendo criados, como  microsseguros, de baixo valor, para enterro e de proteção de acidentes  de trabalho.
 
 Alguma empresa que não olhe, que não preste atenção a essa classe,  estará trabalhando somente com metade do Brasil - afirmou ele,  acrescentando que a empresa pretende reduzir os preços das apólices.
 
 As duas marcas serão mantidas, mas a gestão será compartilhada, de  acordo com Marcos Ferreira, presidente da holding Auto Seguros Gerais e  Affinities, que terá foco em seguros de veículos, industriais e seguros  gerais. Mas o controle acionário ficará com a Mapfre, que terá 50,1% das  ações ordinárias (ON, com direito a voto), permitindo que a empresa  continue sendo privada. 
 
 A união das duas empresas possibilitará um ganho de 20% nos custos, que  serão investidos em desenvolvimento e tecnologia. Das 14 empresas de  seguros das duas instituições, ficarão apenas seis.
Fonte: Contraf-CUT com Wagner Gomes - O Globo
