Compra de instituição financeira nos EUA pelo BB sairá nos próximos dias
07/04/2011 - Por Bancários CGR
A compra de um banco norte-americano pelo Banco do Brasil (BB) sairá nos  próximos dias, disse nesta quarta-feira (6) o presidente do BB, Aldemir  Bendine. De acordo com ele, o contrato está em fase final de  negociação.
 
 "Um processo de negociação envolve preços e discussões contratuais. A  maioria dos detalhes está acertada. Na verdade, estamos na fase de  colher as assinaturas", disse. Bendine não estipulou uma data para a  concretização do negócio nem deu detalhes da instituição financeira a  ser comprada. No entanto, fontes do BB informaram que o banco é de  pequeno porte e opera na Costa Leste americana.
 
 Sobre a necessidade de contenção do crédito para desaquecer o consumo e  conter a inflação, o presidente do BB descartou medidas adicionais. Ele  disse que as ações prudenciais adotadas pelo Banco Central no fim do ano  passado estão surtindo efeito sobre o crédito para o consumo. "Não  posso dar números, mas o crédito para o consumo está desacelerando em  2011", explicou.
 
 Bendine ressaltou que qualquer crescimento do crédito observado este ano  deve-se à ampliação dos financiamentos para investimentos e para o  setor habitacional, não ao aumento do crédito para o consumo. "Embora o  crédito imobiliário seja destinado a pessoas físicas, ele é  contabilizado como crédito produtivo, não como crédito para o consumo",  destacou.
 
 O presidente do Banco do Brasil disse ainda que quase a totalidade dos  recursos recentemente captados no exterior pela instituição financeira  ficou fora do país. "Esse dinheiro serviu para fazer hedge [proteção] de  ativos do banco no exterior. Quase toda a captação ficou lá fora",  disse. Em janeiro, o banco captou 750 milhões de euros em títulos no  exterior com vencimento em 2016 e juros de 4,625% ao ano.
 
 Bendine descartou ainda que o BB precise captar recursos no exterior  para oferecer crédito no mercado doméstico. "Temos um índice  extraordinário de liquidez para fornecer crédito aqui dentro. Nossa  captação interna continua a pleno vapor", afirmou.
Fonte: Contraf/CUT

