A política ultraliberal imposta pelo governo federal resultou em um patamar de desemprego nunca visto anteriormente. Hoje mais de 11 milhões estão sem trabalho no país. Não é só isso. O presidente aprofundou a reforma trabalhista, aprovada pelo governo Temer, e flexibilizou ainda mais as leis que protegiam os trabalhadores.

Os dados mostram o retrocesso. Segundo o IBGE, em 2015, a taxa média de desocupados no Brasil era 6,8%. Já na metade do governo Bolsonaro, em 2020, o índice atingiu 14,2%. Agora, embora tenha caído, segue em patamar alto, 9,3%.

A redução, no entanto, não acontece por conta da abertura de vagas formais. Atualmente, o mercado de trabalho brasileiro gera vagas precarizadas, sem direitos e com salário baixo, aprofundando as desigualdades estruturais.

Levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que a maior parte dos postos de trabalho abertos requer apenas o ensino médio completo – 12,5%. Normalmente com salário menor. Apenas 3,6% exigiam superior completo.