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Funcionários do BNB retomam mesa de negociação permanente com o Banco em 2025

31/01/2025

Mesa garantiu importantes avanços no ano passado

As reuniões da mesa de negociação permanente entre a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) foram retomadas nesta quarta-feira, dia 29/1, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza.

O diretor do Sindicato e membro da articulação da CNFBNB, Fábio Sankley, participou da reunião representando os bancários de Campina Grande e região.

Apesar de não ser uma pauta que afete diretamente os funcionários do BNB, os dirigentes sindicais levaram à diretora de Administração e TI do Banco, Ana Teresa Barbosa de Carvalho, uma denúncia sobre péssima qualidade da alimentação fornecida aos prestadores de serviços terceirizados do Banco, na Paraíba. A direção do Banco pediu que fotos e vídeos, que comprovam a denúncia, sejam encaminhados à diretoria, que vai analisar e tomar providências. “Temos o compromisso lutar em defesa de todos os trabalhadores. Não é aceitável que os terceirizados recebam uma alimentação precária. Cobramos do Banco uma resolução urgente para este caso”, relatou o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Tomaz de Aquino, que retornou à mesa permanente representando a Fetrafi/NE.

Vale transporte interurbano

A Comissão Nacional solicitou que o Banco avalie novas formas de pagamento do vale transporte em localidades onde não for possível a comprovação da compra de passagens interurbanas, pelo fato de, em alguns municípios, essa modalidade de transporte estar sendo dominada por cooperativas que não emitem os bilhetes oficiais exigidos pelo Banco para fazer o reembolso ao funcionário ou a compra antecipada das passagens. Existem casos em que os funcionários estão sendo prejudicados porque não conseguem comprovar o gasto de deslocamento. O Banco ficou de avaliar.

Caixas

Em relação a rumores de redução no quantitativo de Caixas Executivos, o Banco informou que a única medida a ser implementada em curto prazo será a conversão de 20 vagas não preenchidas para a função, em novas vagas para a função de Auxiliar de Negócios. A CNFBNB reforçou a sugestão de criação da função de Auxiliar Administrativo para resolver dois problemas simultaneamente: manter a remuneração de quem deixar de ser Caixa quando houver redução destes profissionais, no futuro, e dar um suporte ao Gestores responsáveis pela área administrativa ou que acumulam as áreas administrativa e operacional.

Concorrências para Caixa e Auxiliar de Negócios

Foi solicitado o fim da exigência de uma avaliação 360 para a participação de funcionários recém-contratados em concorrências para as funções de Caixa Executivo e Auxiliar de Negócios. “As normas internas permitem a inscrição de novos funcionários em concorrências para estas funções logo após os três primeiros meses de experiência, porém, a exigência da avaliação pode inviabilizar a inscrição, já que tal avaliação só ocorre em períodos específicos do ano, que na maioria das vezes não coincide com o final do estágio probatório”, explicou Robson Araújo, coordenador da CNFBNB. O Banco se comprometeu a estudar uma solução para o problema.

Reclassificação das agências

O tema tem sido regularmente abordado pela CNFBNB nas mesas de negociação, pois é uma questão que preocupa o funcionalismo. “A política atual do Banco, que valoriza excessivamente a variável ‘Mercado’, que por sua vez não depende do desempenho das agências, desmotiva os funcionários, pois estes sabem que independentemente do desempenho de sua agência, se o ‘Mercado’ onde ela atua for decadente, a agência será reclassificada para baixo e os funcionários terão queda em suas remunerações”, destacou o coordenador da CNFBNB, Robson Araújo.

O diretor de Negócios do Banco, Luiz Abel, esclareceu que o peso do mercado na avaliação das agências já foi reduzido de 40% para 30% e que para evitar perdas de remuneração de funcionários de agências com bons resultados, em anos anteriores não houve reduções no diferencial de mercado dos funcionários de agências que ficaram entre as 3 primeiras colocadas (top 3) mesmo que fossem reclassificadas para baixo por causa do mercado, e que não há problemas em repetir essa política. O Banco reconhece que o mercado tem impactos que independem dos resultados da agência e informou que está buscando melhorias no programa, mas ainda não tem um estudo finalizado. A Comissão cobrou celeridade nesse processo.

Avaliação das carteiras rurais

A Comissão Nacional insistiu que há distorções na metodologia que precisam ser revistas com urgência. Hoje, a carteira é avaliada pelos seus resultados, somados aos resultados do programa AgroMais, que é operacionalizado exclusivamente pelo AgroAmigo, sem nenhuma responsabilidade dos gestores das carteiras rurais. Quando o Agroamigo, por qualquer motivo, não atingir sua meta de contratações pelo AgroMais, as carteiras rurais podem ser mal avaliadas, mesmo que suas metas sejam até ultrapassadas. Isso prejudica os gerentes das carteiras, e pode até acarretar descomissionamento, em caso de duas avaliações negativas. O Banco informou que os gestores não terão nenhum prejuízo se a causa do mau desempenho em 2024 for provocada por problemas nas contratações do AgroMais.

Pesquisas sobre fornecedoras dos Auxílios Alimentação/Refeição e percepção do Convergente

O Banco informou que a Pluxee (Sodexo) foi a única empresa que obteve os votos de mais de 15% do funcionalismo. Logo, continuará sendo a única contratada pelo Banco para esta finalidade. Quanto à percepção do Convergente, devido ao grande número de participantes, que resulta em grande número de avaliações qualitativas, o Banco precisará de mais tempo para avaliar e sistematizar os resultados. A apresentação dos resultados e debate com a Comissão Nacional deve ocorrer na próxima rodada de negociação.

Grupos focais

O Banco informou que houve grande adesão dos funcionários aos grupos focais sobre questões de gênero e de raça/cor. Informou também que está trabalhando na contratação de especialistas que irão coordenar tais grupos e que, quando estes primeiros grupos estiverem caminhando bem, serão abertas as inscrições para os grupos focais sobre PCD/neurodivergentes e sobre mulheres.

PCR

A Comissão Nacional pediu informações sobre a tramitação da revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR), cuja proposta de revisão foi entregue pela comissão paritária no início de dezembro do ano passado. O Banco explicou que está priorizando a melhoria do Plano BD da CAPEF e o estudo para um novo PID, pois estes temas caminham juntos e as discussões foram iniciadas antes da entrega da proposta de revisão do PCR. O Banco entende que se levar mais de um assunto polêmico e com impactos financeiros importantes para análise no âmbito federal, poderá provocar resultados negativos para essas ações, ou seja, apresentar as propostas em momentos diferentes é estratégico para maximizar as chances de aprovação das mesmas pelos órgãos de controle. Entretanto, o Banco informou que a proposta do novo PCR está no radar da Instituição para ser encaminhada em breve.

Períodos de asseguramento de comissões

A Comissão Nacional informou que é discriminatória a norma interna do Banco que trata asseguramentos de comissões, por criar castas de funcionários ao garantir a continuidade do recebimento dos valores das comissões, após a perda das mesmas, por períodos diferentes (de 3 meses a 1 ano), dependendo da posição hierárquica (quanto maior a hierarquia maior o período de asseguramento), e sem asseguramento nenhum para funções hierarquicamente inferiores a Gerentes Gerais. A CNFBNB cobra que esse período seja isonômico para todos (de um ano para todas as funções). O Banco ficou de avaliar.

PLR

A Comissão reconhece e agradece o empenho de todos do Banco pela conquista da PLR, que durante a campanha nacional 2024 teve percentual ampliado de 25% para 48% do montante distribuído aos acionistas. Além disso, o BNB foi o primeiro a pagar a antecipação no ano passado. A CNFBNB pediu um esforço do Banco para que também seja o primeiro a quitar a PLR em 2025. “Assim completaremos uma virada de 180º na questão da PLR, que deixa de ser a menor e última a ser paga, para ser uma das melhores e primeira a ser paga”, comemorou Robson Araújo. “Essa foi uma das mais importantes conquistas dos funcionários do BNB em 2024, mas vamos continuar lutando por novos avanços em 2025, na mesa de negociação permanente”, afirmou a diretora do Sindicato do Ceará, Carmen Araújo.

O Banco esclareceu que os resultados do Banco, do exercício 2025, ainda não foram publicados e que o pagamento aos funcionários só pode ser feito após o pagamento dos dividendos aos acionistas, mas ficou de avaliar a questão.

Próxima rodada

A próxima rodada de negociação da mesa permanente deve acontecer no dia 12/3, às 14h, na sede administrativa do Banco, no Passaré, em Fortaleza.

Fonte: Bancários CE/CNFBNB

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