Greve completa seu quarto dia sem nenhuma proposta dos banqueiros
30/09/2011 - Por Bancários CGR
A greve dos bancários completou hoje quatro dias de paralisação contra a intransigência dos bancos, que se recusam a atender as reivindicações da categoria. Nas cidades que integram a base de atuação do Sindicato, a adesão ao movimento é crescente.
Em Campina Grande todas as agências bancárias permanecem fechadas e o Bradesco, pelo segundo dia consecutivo, obteve derrota na justiça, pois depois de ter seu pedido de liminar negado ontem, ainda entrou nesta sexta-feira, 30, com um pedido de reconsideração, que o juiz mais uma vez negou, alegando que as fotos anexadas ao pedido por se só descaracteriza as alegações do banco.
Segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região (Seeb-CGR), já estão fechadas agências bancárias nos municípios de Areia, Esperança, Arara, Soledade, Lagoa Seca, Ingá, Cuité, Alagoa Nova, Pocinhos, Juazeirinho, Queimadas e Remígio.
Os últimos dados repassados pela Contraf-CUT dão conta de que até esta sexta-feira (30), 7.865 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o país já tinham aderido ao movimento. O movimento vem aumentando desde a sua deflagração na terça-feira (27). O único estado sem greve continua sendo Roraima, porém os bancários já decidiram paralisar a partir da próxima segunda-feira (3).
Apesar dos números que não param de aumentar, os banqueiros continuam em silêncio, tentando burlar uma luta justa por meio de liminares que estão sendo indeferidas na maioria dos Estados, já que nenhuma de suas acusações foram constatadas pela lei.
Além disso, o secretário geral do Sindicato, Esdras Luciano, lembrou que mesmo com o movimento grevista, os aposentados, servidores estaduais e municipais estão sendo atendidos nos caixas automáticos. Nossa greve é contra os banqueiros, estamos fazendo o possível para que o público não seja prejudicado. O autoatendimento continua funcionando em respeito à população, ressaltou Esdras.
Campanha - Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades, inclusão bancária sem precarização, entre outros.
Fonte: Seeb-CGR